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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

PF monitora reação do crime na pandemia

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Polícia Federal/Divulgação

Enquanto no entorno de Jair Bolsonaro há a preocupação com o aumento de saques a supermercados, a Polícia Federal monitora a reação do crime organizado às novas regras sociais impostas pelo combate ao coronavírus, com atenção voltada para as fronteiras. Especialistas em segurança pública apontam como primeira consequência a descapitalização do tráfico de drogas, que pode levar à migração dos traficantes para outros crimes, com impacto nas cidades: explosão de caixas eletrônicos, roubo a carros-fortes e a lojas de artigos de luxo fechadas.

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Calma, gente. No Ministério da Justiça, com o maior policiamento nas divisas, aumentou o número de apreensões. Para Eduardo Bettini, coordenador-geral de fronteiras, "essa migração pode ocorrer, mas não é tão simples assim".

Fake. O mais recente relatório da iniciativa da ONU contra o crime organizado alerta que golpes online, fraudes e fake news vão crescer mais ainda com a população confinada e online a maior parte do tempo.

Abordagem. Em São Paulo, a PM mudou a estratégia: tem patrulhado mais áreas residenciais, cercanias de hospitais, farmácias e supermercados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado, "sem prejuízo das atividades policiais rotineiras e do atendimento às emergências".

Stand by. A Polícia Federal vem tentando poupar ao máximo seus agentes. A estratégia é mantê-los saudáveis para, quando houver necessidade, ter efetivo suficiente, capaz de atuar emergencialmente com outras polícias em casos graves pelo País. Quem pode está isolado fazendo teletrabalho.

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CLICK. O prefeito de SP, Bruno Covas, mostrou todas as manifestações de proteção que recebeu: "Que a fé e a energia de cada um estejam a serviço de todos nós".

Reprodução/ Instagram  

Vai piorar. A Confederação Nacional da Indústria vai revisar a estimativa de queda das exportações brasileiras. A CNI havia projetado impacto de US$ 18,6 bilhões, considerando retração de 1,1% no PIB mundial. Agências de risco já estimam índice maior.

Efeito cascata. Para a CNI, a grande preocupação é o impacto que a queda das exportações terá nos empregos da indústria. Cada R$ 1 bilhão exportado sustenta 30 mil empregos na cadeia de produção industrial no País.

Por conta. O Consórcio de Governadores do Nordeste decidiu, em teleconferência, comprar 300 respiradores para a região. Teme a concentração de recursos federais nas áreas mais afetadas até agora, no Sudeste.

Ah não... Governadores estão preocupados, aliás, com o embate entre o governo federal e a China, atiçado por um tuíte do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Acham que pode atrapalhar negociações com os asiáticos.

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Alternativa. Frente aos governadores que querem deixar de pagar seus precatórios por causa da Covid-19, a OAB vai pedir ao ministro do STF Luiz Fux para fazer uma mesa de negociação. A entidade quer uma alternativa que ajude os Executivos locais mas que evite o calote nos credores, em sua maioria idosos.

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Ganha-ganha. A OAB já levou a Paulo Guedes, aos governadores e prefeitos algumas alternativas. Uma delas é pagar os precatórios à vista com dinheiro de empréstimo bancário. Isso diminui a conta em 40% e prolonga em mais de 20 anos o prazo de pagamento, além de não manter o aumento vertiginoso das dívidas públicas e de injetar dinheiro na economia neste ano de crise.

Será? Cresce a percepção na Câmara de que Osmar Terra (MDB-RS) é forte candidato a liderar o Aliança pelo Brasil. "O MDB precisa sair do muro, ter projeto político, mas não vou a lugar nenhum", disse ele à Coluna.

Sozinho? No Congresso, Osmar Terra não tem encontrado muito respaldo à pregação contras as medidas de isolamento.

SINAIS PARTICULARES.Osmar Terra, deputado federal (MDB-RS)

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Ilustração: Kleber Sales  

Vapt. O Sindicato dos Advogados e o grupo Prerrogativas foram rápidos ao condenar a medida de João Doria que permitia o funcionamento presencial de escritórios de advocacia na pandemia. O governo recuou.

BOMBOU NAS REDES! 

Deputado Pedro Paulo. Foto: AGÊNCIA CÂMARA

Pedro Paulo, deputado federal (DEM-RJ): "Em meio a uma crise sem precedentes na história mundial, demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que é o principal líder nesse batalha contra a pandemia do Coronavírus, é um erro que vai causar consequências gravíssimas e poderá provocar a morte de milhares de brasileiros."

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA.

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