PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

PEC do 'Orçamento de Guerra' aumenta influência de Bolsonaro ao retirar Mandetta da presidência de comitê

Por Mariana Haubert e Marianna Holanda
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento nesta terça-feira, 24 Foto: Presidência da República / Divulgação

Na esteira dos movimentos feitos para esvaziar o protagonismo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o governo articulou para tirar dele também o comando do Comitê de Gestão da Crise do coronavírus, que deverá ser presidido por Jair Bolsonaro. O órgão será criado pela proposta de emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra, que deverá ser votado até o fim desta semana pela Câmara.

PUBLICIDADE

Inicialmente, a proposta, distribuída aos líderes partidários na semana passada, estabelecia que a presidência do colegiado caberia ao ministro da Saúde. Nos últimos dias, Mandetta se viu tutelado pelo Planalto, principalmente em relação aos anúncios sobre a covid-19.

O texto mantém ainda vários trechos considerados polêmicos, como a flexibilidade de contratações, assegurando igualdade no processo de competição "sempre que possível". A grande novidade, além da troca no comando do comitê, é a participação do Banco Central no grupo, como o Estado antecipou.

As coletivas de imprensa sobre a doença deixaram de acontecer na pasta e passaram a ser realizadas no Palácio do Planalto com a presença de Mandetta e outros ministros. Nos bastidores, Bolsonaro havia demonstrado irritação com o fato de o ministro não ter endossado suas ideias de retomada dos trabalhos e ter ganhado muita visibilidade e capital político desde o início da crise.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.