O deputado estadual Arthur do Val (Patriota-SP) e o vereador paulistano Rubinho Nunes (PSL), ambos integrantes do MBL, processaram o governo federal pelo envio de 228 mil doses a menos de vacina contra a covid-19 da Pfizer para o Estado de São Paulo.
A informação das doses faltantes foi divulgada pelo governador João Doria (PSDB), que falou em "boicote" do governo Bolsonaro. "O argumento é que SP está com a vacinação mais avançada", disse o tucano.
A ação popular movida pelos parlamentares nesta sexta pede a entrega imediata das doses por tutela de urgência, uma vez que, citam, não houve justificativa cabível para que elas não fossem entregues. O processo foi distrubuído para a 5ª Vara Federal de Brasília.
"As diferenças entre Bolsonaro e Doria não podem ser repassadas à população do Estado, que está há mais de um ano sofrendo com o vírus, como todos os brasileiros", dizem os parlamentares no processo.
À Coluna, o Ministério da Saúde informou que São Paulo fará compensação de doses pelo Plano Nacional de Imunização caso se confirme o déficit de imunizantes entregues. "Estamos discutindo o número exato de doses a serem compensadas e a forma de compensar. O que está se discutindo aqui são milhares de doses que podem ser facilmente compensadas nas próximas pautas", afirmou Queiroga.
Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que o "Poder Judiciário está abarrotado de ações" e que não defende a judicialização. Queiroga se referiu justamente ao governo de São Paulo, que também prometeu entrar com uma medida contra a pasta por causa das 228 mil doses.
"Judicialização é um direito que todos têm, mas nós não defendemos a judicialização como forma de implementação de políticas públicas", disse o ministro.