Coluna do Estadão
08 de agosto de 2016 | 14h58
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu a criação de planos de saúde mais baratos e o enxugamento de gastos no Sistema Único de Saúde para otimizar a gestão da pasta no Brasil. Em encontro com empresários e representantes do setor médico nesta segunda-feira, 8, em São Paulo, Ricardo Barros disse que o SUS “precisa de um alívio”.
“Quero mais recursos para a saúde, mas não estou confortável em pedir mais dinheiro com essa crise”, declarou.
O ministro descartou privatizar o SUS (a gratuidade do sistema está assegurada na Constituição Federal), mas citou matéria que tramita no Supremo Tribunal Federal que discute o alcance do sistema: “O SUS deve mesmo ser para todos? O STF é quem vai decidir.”
Na sexta-feira, o Ministério da Saúde publicou portaria para implementar o “Plano de Saúde Acessível”, que busca flexibilizar as normas da Agência Nacional de Saúde (ANS). A ideia é que os planos sejam mais baratos, mas tenham cobertura menor do que a definida na lista obrigatória de atendimento aos pacientes. A proposta deve ser finalizada em até 60 dias.
“Se alguns brasileiros podem pagar pelo atendimento, vamos tentar implementar, vamos mudar a legislação”, enfatizou. (Mariana Diegas)
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