Alberto Bombig
29 de julho de 2019 | 08h00
Líderes do PSDB, inclusive fora de São Paulo, sonhavam com críticas contundentes do prefeito da capital paulista, Bruno Covas, às recentes caneladas de Jair Bolsonaro, como a afirmação de que não existe fome no Brasil, e ficaram decepcionados com a entrevista dele ao Estado.
Na outra ponta do Fla-Flu, esses cardeais esperavam ver Covas deitando e rolando com o fato de o PT ter votado contra a reforma da Previdência. Mas ele preferiu amenizar seu “antipetismo” e passar um pano para os dois extremos do espectro eleitoral.
Enquanto isso, Tabata Amaral (PDT-SP) continua surfando sozinha na onda do compromisso social com responsabilidade fiscal, avaliam os cardeais tucanos .
Em muitos grupos, virou piada no PSDB-SP a entrevista de Bruno Covas. Para os tucanos mais rodados, o prefeito entende que ser de centro é ser bonzinho com o PT e também com Bolsonaro.
Os mais experientes acham que ele deveria ter mais firmeza e criticar os (muitos) erros do PT e de Bolsonaro. Caso contrário, Bruno acabará omisso e engolido pelas posições de PT e PSL na eleição, assim como Geraldo Alckmin foi em 2018.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.