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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Onda de fake news ataca governadores

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Dado Ruvic/Reuters

Desde o acirramento do embate entre os Estados e a Presidência, cresce exponencialmente a onda de notícias falsas que têm governadores como alvo. O grosso dessas fake news circula em grupos de WhatsApp. A propagação, quase sempre, é feita de forma articulada, muitas vezes com uso de robôs, segundo relatos feitos à Coluna por governos que se empenham em desmentir e as rastrear ataques. Há alguma sofisticação em certos conteúdos e as vítimas, em privado, dizem suspeitar do "gabinete do ódio" na produção e na disseminação da praga.

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Crime. No Pará, três inquéritos para apurar fake news de cunho político foram abertos pela Polícia Civil após o início da pandemia do coronavírus.

De olho. Em São Paulo, foi aberto uma espécie de gabinete de crise para combater as fake news depois das ameaças contra o governador João Doria (PSDB).

Robô? O tucano fez uma nova queixa-crime à Polícia Civil contra um perfil intitulado "robô conservador" por crimes de injúria e infração de medida sanitária. Nas redes sociais, ele teria chamado Doria de "vagabundo" e convocado um grupo para protestar em frente à casa do tucano.

'Delírio'. "Nesta crise terrível, infelizmente, essa quadrilha, esse gabinete do ódio, que atua espalhando fake news, resolveu intensamente se voltar contra os governadores. Só servem para atrapalhar, com seus crimes e delírios", disse à Coluna Flávio Dino (MA).

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Na mira. O governador Camilo Santana (PT-CE) também é um dos alvos preferenciais. Eduardo Leite (PSDB-RS), considerado menos "combativo", sofre menos com os ataques.

CLICK. Com sua cozinheira afastada, em isolamento, Kátia Abreu (PP-TO) mostrou que, entre uma sessão e outra do Senado, tem dividido as panelas com o marido.

Coluna do Estadão  

Calma. Para o DEM, a saída de Henrique Mandetta do comando do comitê da PEC do Orçamento de Guerra, antecipada pela Coluna, foi vista como uma forma de evitar mais um embate entre o ministro e o presidente. Bolsonaro será o novo chefe do grupo.

On the road. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), tem encarado mais de dez horas de estrada nas idas e vindas entre Campinas e Brasília: quer evitar os aeroportos.

SINAIS PARTICULARES.Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara 

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Ilustração: Kleber Sales  

Sinuca... Aliado de Bolsonaro, Paulo Skaf encaminhou áudio a filiados ao Centro das Indústrias de SP recomendando cautela e boca fechada. Em linhas gerais, disse que os empresários podem ser chamados de "tubarões do lucro" se apoiarem as restrições ao isolamento recomendado pelas autoridades de saúde.

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...de bico. Na outra ponta, se o Ciesp não defender a retomada dos trabalhos, como quer o presidente, os empresários estarão contra a recuperação da economia. "Evitem a imprensa", disse Skaf.

Água. Em apresentação ao mercado financeiro, Benedito Braga afirmou que a Sabesp tem segurança para cumprir papel fundamental no combate ao coronavírus: fornecer água potável para consumo e higiene.

Água 2. O volume dos reservatórios hoje é de 77%, ante 52% em 2013, antes da crise hídrica. A capacidade de produzir água também é 12% maior. O CEO da Sabesp destacou que não há riscos a programas como o de despoluição do Pinheiros, mesmo com a isenção da tarifa social para dois milhões de cidadãos.

PRONTO, FALEI!

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O deputado Efraim Filho. Foto: André Dusek/Estadão

Efraim Filho, deputado federal (DEM-PB): "Importante o presidente ter sinalizado rumo a uma reavaliação da crise, procurando compreender melhor, mais baseado na ciência do que na política."

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA.

Coluna do Estadão: Twitter: @colunadoestadao Facebook: facebook.com/colunadoestadao Instagram: 

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