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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

"O PRB não vai apoiar a esquerda em 2018", diz Marcos Pereira

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Por Marcelo de Moraes e Naira Trindade
Atualização:

Ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira. Sinais particulares. Ilustração: Kleber Sales. 

Ministro de Indústria e Comércio, Marcos Pereira admite que a mudança na política de comércio exterior adotada pelo presidente americano Donald Trump pode ser favorável ao Brasil. Ele avalia que países insatisfeitos com as medidas dos EUA podem ampliar parcerias e, inclusive, anuncia o avanço nas negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Presidente nacional do PRB, Pereira afirmou que embora o partido tenha ocupado a vice-presidência na gestão Lula, não há chance de apoiar a esquerda em 2018.

Efeito Trump

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Há um pouco de preocupação com a postura do governo americano pela questão do aumento do protecionismo. Mas, com a suspensão da Venezuela, e com Argentina e Brasil com novos governos, o Mercosul está convergindo para uma abertura maior do mercado.

Visão europeia

Após as eleições e a posse de Donald Trump, percebemos que a Europa passou a olhar para o Mercosul de uma forma diferente e com mais disposição para avançar no comércio entre União Europeia e Mercosul.

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Oportunidade

Podemos, até o fim do ano, concluir os termos básicos de negociações no nível político para um acordo em 2018. A postura do governo americano vai nos dar um cenário favorável para tentar concluir até 2018.

Acordo automotivo

A Argentina é nosso principal país de exportação de veículos, com 50% dos produtos. Nós renovamos esse acordo por mais quatro anos, mas precisamos discutir uma maior facilitação de comércio de peças.

Eleições

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O Rio de Janeiro (Marcelo Crivella) é vitrine, mas o PRB não está focado só lá. Queremos acertar com a gestão do Rio pensando em 2018. Não sabemos quem sobrevive às 77 delações.

Esquerda

A única certeza que tenho de 2018 é que não vamos apoiar ninguém da esquerda, seja Lula, seja Ciro. Não tem espaço para trabalharmos com a esquerda. A militância e a Executiva não querem, mas não deve haver uma determinação para não apoiarem ninguém.

Presidência

O Crivella vai concluir o mandato dele (de prefeito do Rio). Se nós tivermos um nome, que seja viável, não descartamos a possibilidade de lançar candidatura própria. Mas hoje não temos esse nome.

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Governos

A diferença do governo passado para o atual é o diálogo. Este é um governo que dialoga com o Congresso, com o setor produtivo, e voltado às reformas, previdenciária e trabalhista. A tributária não teremos tempo de fazer no todo, mas haverá mudanças pontuais.

Popularidade

A economia não respondeu como a sociedade espera, mas a inflação e os juros cederam. As medidas que foram tomadas até agora eram estruturantes. A popularidade só melhora quando o dinheiro chegar no bolso do trabalhador.

Lava Jato

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Ela contamina o discurso, mas vamos ter de enfrentar. Até porque não sabemos se o barulho vai ser grande, mas o País vai ter que sobreviver a isso.

Conservadorismo

Nosso discurso não é conservador. É moderado e tem um equilíbrio. Nós temos um deputado que defende a regularização de jogos de azar e elegemos agora uma travesti.

Cenário político

Só teremos candidatura própria se tivermos bons nomes, não adianta querer tudo. No Rio, existem quatro vagas majoritárias e o PRB quer duas delas: uma de vice-governador e outra para o Senado. (Entrevista a Marcelo de Moraes e Naira Trindade)

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