Coluna do Estadão
08 de janeiro de 2021 | 05h00
Governador de SP João Doria apresenta os últimos dados da eficácia da Coronavac em testes no Brasil. Foto: Governo de SP/Divulgação
O alvissareiro anúncio da eficácia da Coronavac e o adiantado plano de vacinação do Estado de São Paulo reposicionam, e em boa situação, João Doria (PSDB) no cenário dos presidenciáveis rumo a 2022, reconhecem líderes partidários e até adversários do governador: o jogo ainda não acabou, claro, mas é inegável que o tucano marcou gol importante ao apostar na ciência e em ter tido a rápida iniciativa de buscar uma solução para o martírio da pandemia da covid-19, simultaneamente com as grandes e mais desenvolvidas nações. Bola na rede.
Horizonte. A partir de agora, se a Anvisa der o aval, a parceria do Instituto Butantã com o governo federal avançar e Doria concluir com êxito a vacinação no Estado, ele terá uma importante vitrine eleitoral.
Cruel e traiçoeiro. Quis o destino que o anúncio da eficácia da Coronavac ocorresse justamente no dia em que o Brasil superou a marca das 200 mil mortes.
‘I don t care’. Jair Bolsonaro, no entanto, parece não ter se abalado: desdenhou, de novo, das vacinas e preferiu ontem se ocupar da ópera bufa comandada por Donald Trump, o americano acusado por George W. Bush de ter transformado os EUA em uma “república das bananas”.
SINAIS PARTICULARES.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
Sem jacaré. Os Centros de Integração da Cidadania de São Paulo, vinculados à Secretaria da Justiça do Estado, começam hoje campanha de conscientização da importância da vacina. A ideia é chamar de 25 em 25 pessoas na comunidade para uma roda de conversa e demais esclarecimentos.
Não… Durante as negociações para a edição da nova MP da vacina, governadores haviam pedido ao Ministério da Saúde para que fossem incluídos dois pontos que acabaram fora da versão final do texto.
…deu. O primeiro era a inclusão de mais agências sanitárias de países cuja certificação de vacinas poderia ser aproveitada pela Anvisa, e o segundo seria a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial.
Sem… Se o MDB, maior bancada do Senado, não viabilizar em breve um candidato a presidente da Casa, o caminho deverá ser mesmo apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o nome de Davi Alcolumbre (DEM-AP).
…consenso. Dos nomes colocados no MDB, Eduardo Braga (AM) é considerado o mais palatável ao Planalto. A senadora Simone Tebet (MS), sem dúvida, é quem tem maior visibilidade, porém ainda está longe de agregar a bancada.
Tá confuso. No grupo de Baleia Rossi, candidato a presidente da Câmara, a leitura é de que o MDB no Senado ainda está disperso.
Muro. O PSDB, com sete senadores, ainda não definiu posição na disputa.
CLICK. Davi Alcolumbre (DEM-AP) homenageou em suas redes o cantor Genival Lacerda, morto por complicações da covid-19. O paraibano era o rei do forró.
Como fica. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e Rodrigo Castro (MG), que ocupará a função a partir de fevereiro, apresentaram requerimento para convidar o ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni a apresentar as ações já implementadas e as que estão em estudo para mitigar as consequências do fim do auxílio emergencial.
Pra já. Os deputados pedem que o ministro se apresente à Comissão Representativa do Congresso ainda durante o recesso parlamentar.
PRONTO, FALEI!
Fábio Trad, deputado federal (PSD-MS): “Bolsonaro coloca a faca no pescoço da democracia e ameaça com convulsão social se o voto eletrônico for mantido. Hedionda postura que merece urgente e firme repulsa dos que não se intimidam com insinuações de violência política.”
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA.
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