O período eleitoral fará o que muitos políticos tentaram, mas não conseguiram: reduzir as operações da Polícia Federal. Como a instituição é responsável por investigar crimes eleitorais, incluindo caixa dois e compra de votos, na eleição a prioridade será essa. A campanha de 2018 será de 16 de agosto a 29 de setembro. O prazo foi reduzido pelo Congresso e já valeu na disputa de 2016. Segundo investigadores, só serão deflagradas nesse período operações já em andamento; as novas serão colocadas em ponto morto e retomadas logo após o pleito.
Convicção. O presidente da CPMI da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), diz estar convencido que o ex-procurador Marcello Miller praticou atos ilícitos na negociação da delação da J&F. "Espero que ele consiga me convencer que estou errado", diz.
Calminha. Como ainda não recebeu nenhum dado das quebras de sigilo de Miller, a CPMI vai esperar que essas informações cheguem para marcar a data do seu depoimento. Querem ter mais informações para apertar o ex-procurador.
Meia volta. A PF conta com a CPMI para investigar Miller. Os dados relacionados a ele estão só na PGR.
De olho. O PMDB encomendou pesquisas para avaliar o desempenho de seus principais candidatos aos governos estaduais.
Tudo nosso. O ministro do Turismo, Marx Beltrão, deve trocar PMDB pelo PSD assim que houver a janela partidária. Com isso, o PSD passará a ter os ministério da Fazenda, Ciência e Tecnologia e Turismo.
Já já pede música. Depois de ter seu gabinete e casas alvo de busca e apreensão, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, procurou Temer para pôr o cargo à disposição, que não aceitou.
Lá vem. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acertou um prazo de dez dias para que Alberto Fraga (DEM-DF) montasse uma pauta com projetos na área de segurança pública.
Bang bang. Há pelo menos um item polêmico: revisão do estatuto do desarmamento, para flexibilizá-lo.
Caixinha de surpresa. A dificuldade do Senado em aguardar o Supremo julgar ação sobre afastamento de parlamentares, para somente depois decidir sobre se rejeita a punição dada a Aécio Neves é matemática.
Risco. Senadores acham que o placar é apertado e a decisão ficaria com Cármen Lúcia ou Celso de Mello. Não há garantia de que o resultado será por submeter ao Legislativo afastamento de congressistas.
CLICK. Um aplicativo para android faz graça da situação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso por guardar R$ 51 milhões. Quem perde o jogo é levado pela PF.
Lotou. As operações na 10ª Vara do DF, sob responsabilidade do juiz Vallisney de Souza, o "Sérgio Moro de Brasília", saltaram de 17 para 31 desde 2016, mas a estrutura continua igual.
Jurássico. Tramitam na vara a Operação Zelotes e casos de Lula e Eduardo Cunha. Até hoje, os processos não são digitalizados.
A SEMANA
2/10 - Segunda-feira
Câmara debate fundo para financiar campanhas eleitorais
Rodrigo Maia convocou sessão para debater proposta que fixa em ao menos R$ 1,7 bilhão o valor do fundo de campanha.
3/10 - Terça-feira
Senadores decidem se acatam punição dada pelo STF a Aécio
O plenário do Senado decide se derruba a decisão do Supremo de afastar do mandato o senador Aécio Neves.
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