O Supremo retoma suas atividades na sexta-feira com a expectativa em torno de uma série de decisões que podem abalar o meio político. Além da análise do caso Queiroz pelo ministro Marco Aurélio Mello, que deve devolver para a primeira instância investigação que envolve Flávio Bolsonaro, são aguardadas decisões sobre o destino das ações penais de Jair Bolsonaro, o encaminhamento das investigações contra Michel Temer no inquérito dos Portos e a homologação ou não da delação de Léo Pinheiro, que implica o ex-presidente Lula.
Tá ok? O ministro Luiz Fux vai decidir se tranca ou arquiva as ações em que Bolsonaro é réu por ofender a deputada Maria do Rosário (PT-RS). A Constituição proíbe que o presidente da República seja responsabilizado por atos anteriores ao mandato.
Na fila. Na volta do recesso, o Supremo também poderá decidir prorrogar por mais 60 dias as investigações contra Renan Calheiros (MDB-AL) envolvendo doações feitas pelo grupo J&F ao MDB.
Ocupa e resiste. Articulador político do governo, Carlos Manato vai "mudar" seu gabinete do Planalto para a Câmara nas terças e quartas-feiras para facilitar o corpo a corpo com os deputados. Quer despachar as emendas dos parlamentares diretamente da Câmara.
Jogo jogado. Antes de desistir da sua candidatura à presidência da Câmara, o deputado capitão Augusto (PR-SP) conversou com o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que é do DEM, partido de Rodrigo Maia, que tenta a reeleição.
Conta de padaria. O esforço para tirar o deputado da disputa deve-se ao cálculo de que ele tiraria votos de Maia, ajudando o oposicionista Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Capitão Augusto diz que cedeu só "para ajudar Bolsonaro".
SINAIS PARTICULARES - A SÉRIE
DISPUTA NA CÂMARA
Curto e grosso. Deputado eleito pelo DEM-DF, Luis Miranda, que ajudou a organizar a viagem de deputados à China, avisa no WhatsApp: "Não atendo ligações. Somente mensagens! Bloquearei quem insistir!", diz.
Passa...Em meio à reestruturação da comunicação do governo, o ministro Santos Cruz (Secretaria de Governo) avalia não prorrogar o contrato com as agências Isobar e TV1, que vencem em março, orçado em R$ 45 milhões no último ano.
Vai devolver? Para se eleger deputado federal, Jean Willys declarou ter gasto R$ 388 mil na campanha de 2018. De acordo com o TSE, R$ 304 mil vieram de fundo partidário eleitoral, uma verba pública. O parlamentar anunciou que irá renunciar ao mandato por sofrer ameaças.
CLICK. O Tribunal Superior Eleitoral usou a conta oficial no Instagram para divulgar a campanha de biometria que brinca com o sucesso "Jennifer", hit do verão.
Força... O ministro da AGU, André Mendonça, não descarta entrar com ação civil pública para cobrar a reparação da Vale devido ao rompimento da barragem de Brumadinho.
...tarefa. Na tragédia em Mariana, o governo optou por negociar extrajudicialmente as compensações.
A SEMANA:
Segunda-feira, 28
Jair Bolsonaro é submetido a nova cirurgia em São Paulo
O presidente passará por procedimento para retirar a bolsa de colostomia que usa desde que foi esfaqueado, ano passado.
Sexta-feira, 1º
O Congresso retoma os trabalhos após recesso legislativo
No mesmo dia, os parlamentares tomam posse e elegem os presidentes da Câmara e do Senado e integrantes da Mesa.
COM NAIRA TRINDADE, JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA. COLABORARAM RAFAEL MORAES MOURA E TEO CURY
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