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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Na ausência de opções, Bolsonaro mantém canal aberto com empresariado

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Marcos Corrêa/PR

Apesar dos ataques da oposição, é inegável que Jair Bolsonaro mostrou força política ao manter aberto seu canal de diálogo com o mercado e o setor produtivo, em relação selada no segundo turno de 2018. Desde então, com algumas idas e vindas, o presidente e os empresários nunca se afastaram completamente. Significa que Bolsonaro repetirá em 2022 o leque de apoios quase hegemônico do setor? Não, respondem importantes líderes empresariais ouvidos pela Coluna. O futuro dependerá da vacinação, da política ambiental e da conjuntura eleitoral.

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Abertos. Tirando aqueles assumidamente bolsonaristas, a maioria do empresariado diz que tomar parte das reuniões com Bolsonaro não significa adesão ao projeto e às políticas públicas do presidente, mas uma disposição (o que não é pouco) em dialogar.

Time. Informado de que há descontentamentos, Bolsonaro agiu. Até a véspera deste mais recente encontro do presidente com empresários, promovido por Paulo Skaf, estavam previstos na reunião apenas os ministros Marcelo Queiroga e Paulo Guedes.

Time 2. Bolsonaro num gesto de deferência escalou outros sete ministros.

Xi... Na conjuntura política, o grande problema é que o empresariado não enxerga hoje uma opção viável à polarização Bolsonaro versus Lula. O clima é de desânimo entre muitos.

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Lembrete. Lula já começou a se movimentar e tem feito gestos em direção aos empresários. O problema para o ex-presidente petista é que persiste a desconfiança provocada pelos "anos Dilma" na economia.

Má digestão. No entorno de Lula há muita gente hoje com ideias econômicas que dão engulhos até nos empresários simpáticos ao PT. Ou seja, ainda falta a Lula um nome para ser um "chamariz" ao setor.

Má digestão 2. Como bem observou Adriana Fernandes em sua coluna no Estadão, Paulo Guedes teve de engolir um acordo para a sanção do Orçamento. Quem conhece o ministro adverte: desceu quadrado.

SINAIS PARTICULARES.Paulo Guedes, ministro da Economia

Ilustração: Kleber Sales  

Receita. O governo conta com receitas extraordinárias e o controle de despesas na boca do caixa para equilibrar o estouro orçamentário. Tem precedente. Em 2020, o Tesouro fechou com um resultado R$ 50 bilhões melhor do que o previsto para aquele ano.

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Mistério. Para o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), o governo federal vai se deparar com chumbo grosso na CPI da Covid: "Não tem amador ali. Os senadores vão apurar que mistério é esse de ninguém enfrentar de fato a pandemia no País".

E eu? Presidente da CPI mista das Fake News, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) se reunirá com Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na próxima semana para pedir a reativação da comissão. Quer o mesmo modelo da CPI da Covid.

 

CLICK. Marcelo Queiroga (Saúde), ao centro, participou de reunião virtual com a bancada feminina do Senado e escalou apenas assessoras para acompanhá-lo.

Coluna do Estadão  

 

Help! O ex-primeiro-ministro português José Sócrates recorreu a dois advogados brasileiros para auxiliá-lo na reta final do julgamento de suas denúncias de corrupção: Walfrido Warde e Rafael Valim.

Prato... O ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas mandou anular pregão eletrônico da prefeitura de Natal para contratar fornecedores de refeições a pacientes em hospitais, após identificar "falhas graves" e risco de superfaturamento.

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...cheio... Para que não haja interrupção no serviço, em meio à pandemia, Dantas determinou a continuidade dos contratos apenas pelo tempo necessário para uma nova licitação. O valor do certame foi superior a R$ 10 milhões.

... de suspeitas. Contudo, enquanto corre o processo no tribunal, o ministro concedeu medida cautelar para impedir que a empresa possa fornecer serviços a outros órgãos da administração municipal, sem licitação. Tanto a prefeitura de Natal, quanto a empresa contratada têm 15 dias para se manifestar.

PRONTO, FALEI! 

 Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Paulo Paim, senador (PT-RS): "Esse crime hediondo movimentou a humanidade. Que esse julgamento seja exemplo para o mundo, principalmente para o Brasil", sobre caso George Floyd nos Estados Unidos.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA. 

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