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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

MPF apura ingerência de Cristiane Brasil no Ministério da Cultura

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Por Redação
Atualização:

Cristiane Brasil. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Investigadores da Registro Espúrio, que apura esquema no Ministério do Trabalho, estão atentos às movimentações da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) também no Ministério da Cultura (Minc). Ela foi alvo da segunda fase da operação sob suspeita de participar de supostas fraudes em registros sindicais. O elo entre as duas pastas está na indicação de Júlio de Souza Bernardes, preso ontem na terceira fase. Conhecido como Canelinha, antes de assumir a chefia de gabinete do Ministério do Trabalho, ele foi o representante do MinC no Rio também indicado pela deputada.

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My space. Com a transferência de Canelinha para o Ministério do Trabalho, quem assumiu a representação da pasta da Cultura no Rio foi Matheus Ribeiro. Ele é outro apadrinhado da parlamentar.

Com a palavra. Cristiane Brasil, por meio da assessoria, confirmou ter feito as indicações, mas negou se tratar de ingerência no MinC. Defendeu que "a criminalização da política sem a devida fundamentação jurídica não contribui para o combate à corrupção".

Com a palavra 2. Por meio de nota, Sérgio Sá Leitão disser repudiar a "insinuação de que há ingerência" de Cristiane Brasil na instituição. "A gestão atual é essencialmente técnica e trabalha com profundo respeito à coisa publica e total compromisso com o desenvolvimento da cultura brasileira", disse.

Gato escaldado. O Planalto decidiu nomear rapidamente Eliseu Padilha como ministro interino do Trabalho para evitar que a crise gerada pela terceira fase da Operação Registro Espúrio se estendesse. Aprendeu a lição após a novela da indicação de Cristiane Brasil.

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Vazou. O anúncio de que Eliseu Padilha vai acumular a Casa Civil com a pasta do Trabalho seria feito apenas hoje, mas precisou ser antecipado após o blog da Coluna do Estadão revelar a escolha.

SINAIS PARTICULARES: Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil e do Trabalho; por Kleber Sales  

Normalidade aparente. A situação do ministro Carlos Marun (articulação política) preocupa o governo. Embora o Supremo tenha negado pedido de busca e apreensão em endereços dele, chegou a informação de que há muitos elementos que podem abatê-lo. Há preocupação com delações premiadas.

Escolhido. O cientista político Felipe Nunes deve coordenar o marketing das principais campanhas do PT de Minas Gerais. Nunes é cotado tanto para a campanha de reeleição do governador Fernando Pimentel como para a de Dilma Rousseff ao Senado. Menos conhecido na imprensa nacional, Nunes é visto como um mago das pesquisas e estratégias eleitorais. PHD pela prestigiada UCLA, de Los Angeles, foi professor da Universidade de San Diego e, hoje, leciona na UFMG.

Fora do jogo. Marcos Pereira, presidente do PRB, vai conversar com o empresário Flávio Rocha para preparar a retirada da sua candidatura à Presidência. Atrás nas pesquisas e com pouco tempo de televisão, o partido vê poucas chances de crescimento para o dono da Riachuelo.

Carta na manga. Ao ouvir as críticas de líderes do Centro sobre o alto índice de rejeição do PSDB, Geraldo Alckmin revelou sua estratégia. Disse que isso pode ser resolvido com o apoio de figuras como o deputado Jarbas Vasconcelos (MDB-PE).

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CLICK. Depois de se aconselhar com José Sarney, o pré-candidato do MDB ao Planalto, Henrique Meirelles, almoçou com o clã Jader Barbalho (MDB) em Belém.

Jader Barbalho e Henrique Meirelles. Equipe Henrique Meirelles  

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Mão na massa. O ministro Gustavo Rocha (Direitos Humanos) visitou as 26 crianças que estão separadas das mães em dois abrigos nos EUA. Percebeu que o judiciário local está empenhado em resolver o impasse junto com o governo americano. Ontem, uma criança reencontrou a mãe.

Plano B. O governo iniciou um pente-fino para identificar recursos que ainda podem ser empenhados na MP dos Venezuelanos, que caduca na segunda-feira, conforme revelou a Coluna do Estadão. A MP destina R$ 190 milhões para alimentação e assistência de saúde nos abrigos. Até o momento, foram empenhados R$ 92 milhões. Os outros R$ 98 milhões serão perdidos com a perda de eficácia da MP.

PRONTO, FALEI!

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Heráclito Fortes. Foto: Dida Sampaio/Estadão

"Estamos no 7.º mês do ano eleitoral, não tem nenhuma candidatura consolidada e cada semana aparece uma assombração ou um fato novo", DO DEPUTADO FEDERAL HERÁCLITO FORTES (DEM-PI), sobre as eleições.

COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA

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