EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

MP junto ao TCU quer apurar publicidade de Bolsonaro sobre vacina

PUBLICIDADE

Por Marianna Holanda
Atualização:

Bolsonaro disse que o governo vai trabalhar com o Congresso para controlar despesas e abrir espaço para investimentos. Foto: Adriano Machado/Reuters - 12/8/2020

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pede à corte para apurar possível ofensa aos princípios de publicidade e impessoalidade na campanha da Secom que defende o governo federal e Jair Bolsonaro sobre a vacinação contra a covid-19.

PUBLICIDADE

Em representação à presidente da Corte, Ana Arraes, o subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Furtado, vê "divulgação de informações incompletas e descontextualizadas por parte da Secom - com nítido cunho de promover a imagem do presidente". 

A ação contribuiu, segundo Furtado, para "desinformar e confundir a opinião pública". O MP pede ainda para identificar responsáveis e calcular os prejuízos aos cofres públicos. Desde o último dia 11, quem responde pela Secom é o almirante Flávio Rocha, sob o guarda-chuva de Fábio Faria, do Ministério das Comunicações.

A peça relembra cinco momentos em de Bolsonaro que atestam a "falta de comprometimento" em adotar medidas concretas para a compra de vacinas. Dentre eles, quando disse haver risco da vacina transformar pessoas em jacarés, e quando afirmou não ter pressa para comprar vacina, pois a pandemia estaria no fim.

"Secom deflagrou uma campanha publicitária em que defende diretamente a pessoa do presidente Bolsonaro, alegando que o presidente buscou a vacina desde o começo, o que é evidentemente um descolamento com fatos pretéritos de amplo conhecimento público, além de atentar contra o princípio da impessoalidade", diz a representação.

Publicidade

Com a mudança de tom de Jair Bolsonaro a respeito da imunização em massa, a Secretaria de Comunicação deflagrou uma campanha nesta semana em que diz que o governo busca vacinas desde março de 2020. A thread no Twitter (sequência de tuítes) viralizou nas redes sociais. 

[embed]

[/embed]

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.