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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Ministros do Supremo perguntam: e a Saúde?

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Por Redação
Atualização:

Plenário do STF  

Mais do que as ofensas e os palavrões presentes na reunião de 22 de abril, escancaradas pelos vídeos divulgados anteontem, uma ausência impressionou mais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pela Coluna: a de soluções para a pandemia. Na ocasião, o Brasil já tinha quase três mil mortos. Apesar de ainda não terem visto nos vídeos uma "bala de prata" para o inquérito sobre suposta interferência na PF, o conteúdo e a forma da conversa do alto escalão do Executivo revelam, para esses ministros, espécie de "desgoverno".

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Próximo. A respeito da declaração de Abraham Weintraub, os ministros se dividem. Uns avaliam que dispensá-lo seria um gesto importante (já fizeram até a mensagem chegar ao Planalto). Outro avalia ser o caso de o presidente da Corte, Dias Toffoli, pedir abertura de inquérito à PGR.

Fala solta. Weintraub disse na reunião: "Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF". À Coluna, Marco Aurélio Mello afirmou que ele "extravasou limites" e "imaginou que estivesse num bar".

Errou. Assessores palacianos avaliaram que as declarações de Ricardo Salles caíram mal. Além de ele não ter o apoio da militância bolsonarista, como Weintraub, há temor de que reacenda a pressão internacional sobre o governo.

Timing. O que disse o ministro do Meio Ambiente sobre "passar a boiada" também colocou a sociedade civil mais atenta ao Congresso. O projeto de regularização fundiária, por exemplo, tem poucas chances de ser votado na Câmara.

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Tudo bem. Outrora censurado por religiosos, o uso de palavrões por Bolsonaro na reunião foi minimizado por representantes da bancada evangélica na Câmara.

Outro foco. Para esses deputados, o presidente saiu fortalecido. Bolsonaro teria feito uma defesa enfática dos valores da "família", o que fez com que relevassem o palavreado.

Oscar vai para... Em entrevista ao canal My News, o dr. Drauzio Varella contou quem, para ele, foi o melhor ministro da Saúde: José Serra (PSDB-SP).

SINAIS PARTICULARES.Dráuzio Varella, médico e escritor

Ilustração: Kleber Sales  

Xi... O pedido de perícia do celular de Bolsonaro, feito por parlamentares da oposição, foi alvo de crítica na cúpula da PGR. Um procurador ouvido pela Coluna disse que não cabe a parlamentares ficar pedindo diligências em inquéritos.

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Xi 2... Do lado da oposição, a crítica é que Augusto Aras estaria alinhado demais ao presidente.

CLICK. Chegaram ao Brasil 6,5 milhões de máscaras, que serão distribuídas para os Estados. O avião, fretado pela Infraestrutura, foi adaptado para transportá-las.

 

Na mesma... Um alerta acendeu na CNI, ao identificar que os estoques mantiveram-se no mesmo patamar que havia sido planejado para março.

... na pior. O gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da instituição, Renato da Fonseca, explica: "É mais um sinal da intensidade da crise de vendas e produção. Nem houve tempo de se acumular estoques, o que realmente ocorre quando a economia se retrai".

Cenário ruim. Levantamento da CNI de indicadores sobre a atividade industrial mostrou que a confiança dos empresários e a intenção de investimentos no País estão nos níveis mais baixos da série.

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PRONTO, FALEI!

Joênia Wapichana. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

Joenia Wapichana, deputada federal (Rede-RR): O Ministro da Educação deveria ele mesmo renunciar diante do ódio que sente dos povos que compõem a diversidade da nossa sociedade, como os povos indígenas, originários deste Brasil.

COM REPORTAGEM DE MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA (O EDITOR ALBERTO BOMBIG ESTÁ EM FÉRIAS)

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