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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Mesmo sob desgaste, MP vence batalha, mas guerra na Câmara deve continuar

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Por Mariana Carneiro
Atualização:

A despeito da aparente derrota de Arthur Lira (PP-AL) na votação do texto substitutivo da PEC-5, o clima nos bastidores do Ministério Público ainda é de apreensão, especialmente quanto à possibilidade de o presidente da Câmara insistir no texto original que, entre outros pontos, tem por objetivo mudar a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Procuradores eufóricos comemoraram a vitória desta quarta-feira, 20. Os mais realistas, no entanto, sabem que este é um momento de desgaste da instituição, motivado por excessos da Lava Jato e de promoção pessoal de procuradores e promotores. Parte do mundo político (e do jurídico) não quer perder o timing...

 Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

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Régua. Afinal, o placar foi apertado, mesmo com grande mobilização de setores da sociedade civil: faltaram apenas 11 votos para aprovação.

Ruído. Quem defende a PEC acha que houve um erro de comunicação: não se está discutindo o trabalho dos procuradores, mas eventual fiscalização e controle de desvios.

Marco. O futuro do relatório final de Renan Calheiros ainda é incerto, dentro e para além da CPI da Covid. Porém, até no mundo jurídico, o trabalho da comissão já é entendido como um marco na pandemia.

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Presente... "A CPI foi importante não apenas para o esclarecimento dos fatos investigados, mas principalmente para estimular o governo federal a agir de forma mais responsável", diz o advogado criminalista Sérgio Rosenthal.

...e futuro. "Quanto à definição dos crimes a serem atribuídos pela comissão ao presidente da República, trata-se de questão meramente política e que não vincula o Ministério Público", diz Rosenthal.

Top 10. A CPI pegou a veia de Bolsonaro ao abrir espaço para uma narrativa oposta à que ele tentava emplacar. Ao listar dez crimes cometidos pelo presidente, a comissão jogou no mesmo campo do adversário.

SINAIS PARTICULARES. Jair Bolsonaro, presidente da República. Ilustração: Kleber Sales/Estadão 

Você, não. Integrante da velha-guarda do PSDB-SP, Tião Farias entrou com um pedido no diretório paulistano do partido de impugnação da filiação de Joice Hasselmann.

Chegada. Diretórios do PSD foram informados de que o ato de filiação de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, ao partido deverá ser na próxima quarta-feira, 27, em Brasília.

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CLICK. Em Porto Alegre, o vereador Roberto Robaina, do PSOL (de camisa vermelha), e colegas se envolveram em troca de socos com manifestantes antivacina na Câmara Municipal. 

Pressão. Nada menos do que 11 (podendo chegar a 12) ministros de Jair Bolsonaro pretendem disputar as eleições de 2022, incluindo João Roma (Cidadania). Ou seja, o Auxílio Brasil turbinado há muito tempo deixou de ser estratégico apenas para o presidente.

Pressão 2. Sem contar a enorme quantidade de parlamentares amarrados à indigesta agenda de Bolsonaro, contrária à vacina e pró-armas de fogo. Para esse grupo, turbinar o programa é dever do presidente.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG E MATHEUS LARA

PRONTO, FALEI!

Henrique Meirelles (PSD), secretário da Fazenda de São Paulo

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"Se não for respeitado o limite do aumento das despesas públicas, vamos sair da crise econômica da pandemia e entrar em outra provocada por descontrole fiscal."

 Foto: Divulgação/Governo do Estado
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