A movimentação de líderes do Centrão para tirar Estados e municípios da reforma foi transmitida pelo próprio Rodrigo Maia a governadores que passaram à tarde pela residência oficial. Mais cedo, ele disse às lideranças que daria uma última chance para que eles embarcassem no barco.
O recado foi claro: é bom entrarem logo na jogada, e ajudarem a agregar votos, senão correm o risco de levar o ônus sozinhos. Repetiu ainda que não tem isso de pauta emergencial possível de correr junto com a Previdência.
Policiais militares e professores, que são bons de fazer barulho e prejudicar eleições municipais, vão cair no colo dos Estados, se o plano for seguido à risca.
A ideia de aprovar a reforma sem Estados e municípios ganhou força na manhã de terça-feira, 23, quando o presidente da Casa convidou os líderes para um encontro para discurtir votação na CCJ - queria ter certeza de que teria os votos.
A conversa acabou enveredando para outro lado. Virou consenso no chamado Centrão: ou Estados e municípios saem completamente, ou aprovam um dipositivo similar ao proposto na PEC anterior, em que as mudanças na aposentadoriam deveriam ser referendadas pelas assembleias para valer - o líder Jhonatan de Jesus, do PRB, está redigindo uma emenda para isto já.
Um desses líder chegou a dizer para a Coluna: "Governador pode dar piti, porque voto (para a reforma) não dá".