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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Maia culpa governo e políticos por dificuldades em aprovar reforma

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Por Andreza Matais
Atualização:

 Foto: Dida Sampaio/Estadão

Ao comentar nesta quinta-feira sobre as dificuldades para aprovar a reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que os políticos e o governo estão com dificuldade de convencer a população da gravidade da situação. A avaliação foi feita em evento fechado da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), que reúne 29 empresas.

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"Quando vejo autoridades do governo dizendo que a Previdência quebrou, elas precisam explicar melhor o motivo de ter quebrado. Precisa explicar melhor para que a gente possa aprovar alguma solução que ajude o próximo presidente a começar seu governo. O mito da Previdência está diminuindo, não tá diminuindo como a pesquisa do governo diz, mas está diminuindo", afirmou.

"A Previdência está quebrada, mas a sociedade não acredita nisso. Culpa de quem? Culpa nossa que comunica mal. Culpa do governo, que tem um canhão na mão que são os comerciais e está comunicando mal. Culpa nossa que também não fala direito", emendou.

Melhorar a comunicação e recuperar a base do governo, reduzida a 250 deputados depois da votação das denúncias contra Temer, apontou, são os caminhos para tentar aprovar a reforma. "É preciso falar de forma mais objetiva com a sociedade para que a gente possa chegar em fevereiro e aprovar alguma coisa efetiva para a Previdência. Construir alguma solução que, pelo menos, ajude o próximo presidente da República a começar seu governo sem problemas com o teto de gasto ou a regra de ouro", disse.

Para aprovar a reforma da Previdência são necessários 308 votos. A base do governo foi reduzida, segundo Maia, depois que o Planalto puniu parlamentares que votaram a favor da abertura de denúncia contra o presidente Temer em duas ocasiões.

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Maia disse, no evento, que se a reforma não for aprovada até fevereiro, a discussão terá que ser feita na eleição e a votação, consequentemente, ficará para o próximo presidente.

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