Na tentativa de aproximação com o agronegócio, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou emissários em busca de pontes com representantes de produtores de etanol e de biodiesel. Os dois grupos, embora majoritariamente bolsonaristas, como todo o segmento, têm críticas à gestão da política atual e podem ser flancos para a ofensiva petista. No biodiesel, o setor enfrentou a redução da mistura no diesel comum e pleiteia, entre outros pontos, que o porcentual retorne a 15% no ano que vem. Já no etanol, a prioridade é preservar o RenovaBio, de incentivo a combustíveis não fósseis. A avaliação em ambos os setores é que Bolsonaro dá mais atenção aos produtores rurais e despreza as pautas que interessam aos industriais do campo.
PISCA. Esses grupos empresariais veem em Geraldo Alckmin, candidato a vice, um porto seguro. Ainda assim, a entrada para o PT no segmento é difícil. Após os primeiros contatos na semana passada, propostas foram enviadas ao comitê de Lula, e a expectativa dos empresários é a de que sejam iniciadas conversas.
SEGUNDA MÃO. Diante da resistência de Lula em elaborar cartas para diferentes segmentos, a equipe do ex-presidente que conversa com o agronegócio decidiu recortar e distribuir a entrevista que ele concedeu ao Canal Rural pouco antes do 1.º turno.
RECICLAGEM. A ideia é mostrar o que Lula pensa sobre diversos temas, como armas no campo e taxação da exportação. O petista já disse a aliados que "não é carteiro" para escrever aos mais diversos setores, e a sua equipe teve de improvisar uma solução.
CLICK. Jair Bolsonaro, presidente da República (PL)
Participou de ato com o vice, Hamilton Mourão, em Pelotas (RS). Após os dois defenderem mudanças no STF, Bolsonaro recuou e disse que foi invenção da imprensa.