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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Líderes já falam em risco de 'governabilidade'

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Por Redação
Atualização:

Presidente Jair Bolsonaro. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

No clima de barata-voa que toma conta de Brasília, líderes acham que a reforma da Previdência já está em segundo plano. A questão agora é de "governabilidade", palavra assustadora para quem vivenciou as quedas de Collor e de Dilma. Segundo a tese, antes é preciso saber se o País é ou não governável, ou seja, se o Planalto tem força para aprovar projetos banais como a criação de datas comemorativas nas Casas. Um ex-ministro que também foi líder no Congresso acha que não. A gestão Bolsonaro segue rumo ao precipício e ignora placas de perigo, observa ele.

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Tique-taque, tique-taque. Para esse mesmo ex-ministro, o Congresso erra ao entrar na pilha dos bolsonaristas. Ele acha que os parlamentares deviam tocar a bola de lado, afinal, o tempo joga contra o governo.

Receita. "Buscar um consenso mínimo na reforma, ainda que sem o impacto fiscal esperado neste primeiro momento, pode ser um caminho para mostrar que o País ainda é governável", diz Marcelo Ramos (AM), vice-líder do PR.

Soberba. Pegou muito mal no Congresso a frase "Tenho uma vida fora daqui", dita pelo ministro Paulo Guedes (Economia). Soou como chantagem.

SQN. O mau humor do mercado tem tudo para persistir. No meio da tarde, a "tempestade perfeita", como definiu um operador, só se dissiparia com um gesto de aproximação de Bolsonaro a Maia. No início da noite, ambos bateram boca.

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Encaixe 1. Bolsonaro vai começar a receber presidentes dos partidos assim que voltar de Jerusalém. O ministro Onyx Lorenzoni já consultou a agenda de ACM Neto (DEM) e Marcos Pereira (PRB).

Encaixe 2. Onyx Lorenzoni prometeu padronizar o procedimento para ministros atenderem parlamentares. Joice Hasselmann tem tentado convencê-los a guardar um pedaço da agenda pela manhã para receber deputados e senadores.

Sabão em pó. Bancada do PSL se reúne hoje para tratar da situação do líder, Delegado Waldir, muito questionado depois de declaração sobre a previdência dos militares. Vai ter lavação de roupa suja.

SINAIS PARTICULARESBia Kicis, deputada (PSL-DF)

ILUSTRAÇÃO: KLEBER SALES/ESTADÃO  

Agora vai. O PSL também tenta fechar questão em torno da reforma da Previdência. Delegado Waldir diz que a tendência é destacar um ponto ou outro, mas ser favorável ao texto.

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Toma que é teu. "Se estão com medo da criança, pode deixar, o filho é nosso", diz Waldir.

Desenrosco. A relatoria da Previdência na CCJ deve acabar nas mãos do Novo. Podem indicar um nome de fora da comissão ou substituir os atuais indicados. Bia Kicis (PSL-DF) corre por fora para ficar com a vaga.

CLICK. Circula no WhatsApp de deputados um meme sobre a suposta falta de jogo de cintura do líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL).

 Foto: COLUNA DO ESTADÃO

É dada a largada. No MDB, parcela das lideranças no Senado tenta viabilizar o nome do governador Hélder Barbalho (PA) para a presidência do partido. Por ser jovem, representaria uma renovação, mas sem perder a identidade dos caciques da legenda.

Diga ao povo. Novo chefe da Secom, o empresário Fabio Wajngarten tem dito a quem o questiona que o ministro e general Santos Cruz, novo alvo dos ataques do escritor Olavo de Carvalho, permanecerá no Palácio do Planalto.

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PRONTO, FALEI!

General Luiz Eduardo Ramos. Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

General Luiz Eduardo Ramos, comandante militar do Sudeste: "Não existe comemoração. É um fato histórico, como a 2.ª Guerra Mundial, como a queda do muro de Berlim", sobre a "celebração" de 1964 em quartéis.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA. COLABOROU RICARDO GALHARDO

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