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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Irritado com Marcos do Val, Pacheco freia mudanças no orçamento secreto

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Foto do author Julia Lindner
Por Mariana Carneiro , Julia Lindner e Gustavo Côrtes
Atualização:

O recuo do senador Marcos do Val (Podemos-ES) na definição sobre como será executado o orçamento secreto em 2023 nasceu no gabinete de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Irritado com a repercussão da entrevista de Do Val ao Estadão, Pacheco pressionou o senador a desistir das inovações que ele queria emplacar no ano que vem e patrocinou um movimento para retomar as regras vigentes. Do Val queria tornar o orçamento secreto impositivo em 2023. A manobra de Pacheco não agradou a Arthur Lira (PP-AL) e seus aliados, os principais interessados nas mudanças, que viam na nova execução do orçamento secreto uma forma de engessar o novo governo eleito caso Jair Bolsonaro perca a eleição.

 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

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ZAP. No grupo de WhatsApp da Câmara, Lira e aliados sentiram o golpe. "O relator da LDO (Marcos do Val) está sendo pressionado a acatar uma emenda retirando a impositividade. Proponho que, se isso acontecer, passemos todos a obstruir a LDO até resolver", escreveu Elmar Nascimento (União-BA). "Amigos se não houver acordo o melhor é obstruir e tentar arrumar até quinta. Em respeito ao que foi acertado", escreveu Lira.

MENOS. Pacheco também avisou aliados que Marcelo Castro (MDB-PI), relator do orçamento, terá aval para reduzir o valor dessas emendas quando a discussão começar, no 2º semestre.

SABÃO. A operação de autolimpeza da imagem, promovida por Pacheco, foi celebrada pela oposição. Não por críticas ao orçamento secreto, mas porque a briga entre ele e Lira pode atrasar a votação da PEC Kamikaze, que ajuda Bolsonaro na eleição.

PRONTO, FALEI. Felício Ramuth (PSD), vice na chapa de Tarcísio de Freitas

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"A população vai diferenciar o ato isolado de alguém que fez o que fez. Não vai influenciar (na campanha de Bolsonaro e aliados)", disse, sobre assassinato de petista.

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