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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Governo tenta emplacar reajuste no Auxílio Brasil que boicotou há dois meses

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Por Julia Lindner
Atualização:

Hoje empenhado em elevar o programa Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, o governo Jair Bolsonaro não pensava o mesmo há cerca de dois meses atrás. Em abril, o Palácio do Planalto articulou com Arthur Lira (PP-AL) para barrar o aumento na Câmara. Na época, Lira afirmou que o valor atual era "suficiente" e "responsável".

Como a Coluna revelou ontem, governistas atuam para inserir um novo reajuste do Auxílio Brasil na PEC que tramita no Senado sobre compensações aos Estados pela redução do ICMS.

NAJARA ARAUJO/CAMARA DOS DEPUTADOS  

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Ex-ministro da Cidadania, o deputado João Roma (PL-BA), que foi relator da Medida Provisória (MP) que tornava o programa social permanente, também foi contra elevar o benefício em abril. Na ocasião, o plenário barrou emendas da oposição que faziam sugestões neste sentido.

"Quanto às demais emendas, compreendemos que elas acarretam aumento de despesas públicas, sobretudo aquelas que propõem o aumento do valor do benefício extraordinário", disse Roma, em 27 de abril, no plenário da Câmara.

"Tais emendas nos causam preocupação, pois sabemos que, em ano eleitoral, é proibido ao Presidente da República conceder benefícios sociais que já não estejam autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior", acrescentou o ex-ministro.

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