O Ministério da Economia estuda emissão de títulos verdes - os green bonds - para financiar plantio de cacau em áreas degradadas da Amazônia. A ideia é ampliar concessões florestais e utilizar terras públicas sem destinação específica. Elas representam cerca de 70 milhões de hectares na região e, sem o cuidado do Estado, caem nas mãos de grileiros. "Houve um sequestro da agenda ambiental por grupo anticapitalista e queremos trazê-la para um ambiente de negócios, preservando e gerando riqueza", afirma o subsecretário da pasta, Rogério Boueri.
Tripé. O plano funcionaria com o Serviço Florestal, vinculado hoje à pasta da Agricultura, mapeando essas áreas, o Banco Mundial como certificador "verde" e ele próprio ou o BNDES como emissores de títulos.
Semente. A ideia está sendo amadurecida na Secretaria de Política Econômica e a expectativa é de que seja anunciada no meio deste ano, com o Plano Safra.
Proteção. A meta é criar um "escudo verde": "Queremos usar a atividade agroflorestal para bloquear o desmatamento. Não proibindo, caçando 'desmatador', que isso é difícil". "A gente quer dar interesse econômico", diz Boueri.
Útil e agradável. O Brasil já foi o maior produtor de cacau do mundo e hoje importa de Gana. O governo contou ainda que a commodity é a principal, mas não a única que entrou no radar para participar do programa.
SINAIS PARTICULARES.NOVOS LÍDERES DO CONGRESSOZequinha Marinho, líder do PSC no Senado (PA)
PDT 2.0. Para não desperdiçar os seguidores acumulados por Ciro Gomes na campanha, o PDT vai investir na digitalização da legenda. A ideia é trazer esses apoiadores virtuais para dentro do partido.
Reposicionamento. O presidente do PDT, Carlos Lupi, trabalha para lançar novos quadros às prefeituras das capitais. Para São Paulo, a preferida é Tabata Amaral. Ela resiste.
Por aí. Outros nomes em estudo são os do deputado Túlio Gadelha (Recife), de Juliana Brizola (Porto Alegre) e Marta Rocha (Rio).
Casa de ferreiro. Um líder do Congresso quer saber se a exigência da Ficha Limpa para comissionados vai valer para ministros.
Vida nova. Geraldo Alckmin está despachando numa sala emprestada pela filha Sophia, em São Paulo, sem secretários, sem assessores e sem motorista.
Piloto. O presidente nacional do PSDB e ex-governador não dirigia o próprio carro desde a década de 80, quando estava na Assembleia-SP. O que não mudou na rotina: continua acordando super cedo, mas para dar aulas na universidade.
Plateia. Bruno Covas esteve no Teatro Municipal sexta-feira passada. Vaias e aplausos foram ouvidos.
CLICK. O assessor especial da Presidência Filipe Martins, com seu guru Olavo de Carvalho, em Washington, publicou: "Sabe quando nós vamos parar? Nunca!".
Sem brecha. Para evitar que Davi Alcolumbre enterre a CPI da Lava Toga por ausência de fato determinado, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE) listou 13 nessa segunda tentativa de emplacar o colegiado.
Alvo. O senador cita fatos envolvendo o STF, o STJ e o TST. De todas as cortes, o ministro com recorde de menções é Gilmar Mendes: em cinco de 13 tópicos.
Assessoria de luxo. Davi Alcolumbre circulou ontem em São Paulo ao lado do ex-senador José Agripino Maia (DEM- RN).
PRONTO, FALEI!
André Figueiredo, líder do PDT na Câmara: "Se a oposição está desarticulada, a base está o quê?", sobre os comentários de que os partidos que fazem oposição ao governo de Bolsonaro não estariam unidos.
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA
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