Pressionado politicamente pelas revelações da Lava Jato, o governo do presidente em exercício Michel Temer conseguiu faturar duplamente o socorro financeiro aos Estados. Primeiro, garantiu um alívio significativo para o caixa dos governadores, que estavam, literalmente, com a corda no pescoço. Com recursos, poderão retomar obras e programas. E o prazo de rolagem dos pagamentos lhes garante fôlego até o início do período eleitoral, em julho de 2018. A segunda vitória de Temer foi trocar de agenda, substituindo Lava Jato pelo pacto federativo.
Foi o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que propôs inclusão dos Estados na regra do teto para gastos públicos, com reajustes regulados pela inflação. Governadores aceitaram a ideia por unanimidade.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, lembrou que já tinha se reunido com seis ministros da Fazenda e quatro presidentes e nunca saíra um acordo sobre dívidas.
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