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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Governo dá cargo para presidente da CCJ, que vai definir relator de denúncia contra Temer

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Facebook Rodrigo Pacheco

O esforço do governo para tentar impedir a abertura de processo contra Michel Temer pelo STF passa por agradar ao presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco. Às vésperas do deputado escolher quem será o relator da denúncia contra Temer, Pacheco terá uma demanda antiga atendida pelo Planalto: a troca do presidente de Furnas. Sai Ricardo Medeiros e entra Julio Cesar Andrade. O deputado garante que não vai pautar suas decisões por isso. "Nem que o governo corrija a falta grave que tem com Minas, isso não vai influenciar na CCJ", avisa.

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Engole seco. A troca na presidência de Furnas desagrada ao ministro das Minas e Energia, Fernando Filho, que recebeu ordens superiores para fazê-la.

Troca-troca. Atual diretor de administração, Julio Cesar entrou em Furnas indicado pelo senador Romário, mas conquistou o apoio da bancada do PMDB de Minas Gerais e trocou de padrinho.

Calculando. O governo sabe que precisará mais do que Furnas para agradar a Rodrigo Pacheco. Quem conhece o presidente da CCJ diz que todos os movimentos dele levarão em consideração um cálculo político.

Independência ou morte.  Com Aécio Neves e Fernando Pimentel alvejados por denúncias, Pacheco tem pela frente a chance de disputar cargo majoritário em 2018. A atuação dele na CCJ vai definir seu futuro político. Pacheco admite que seu nome está à disposição do partido para disputar o governo ou o Senado, mas nega que isso pautará sua conduta na comissão.

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CLICK. O presidente do TCU, Raimundo Carreiro, e o relator Bruno Dantas levam ao Congresso parecer que aprova, com ressalvas, as contas de Dilma e Temer em 2016.

Todo todo. Depois de ter aprovado seu relatório sobre a reforma trabalhista na CCJ do Senado, Romero Jucá foi avisado de que o presidente da França, Emmanuel Macron, também pretende mexer com o assunto. "Eu sei, me chamou para relatar", ironizou.

Jogo feito. Relator da indicação de Raquel Dodge para a PGR, o senador Roberto Rocha (PSB-MA) já anunciou sua pré-candidatura ao governo do Maranhão contra o governador Flávio Dino, irmão de Nicolao Dino, que perdeu a indicação à PGR para Raquel.

Interesse. Um assessor da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) telefonou ontem para o RH do Ministério da Cultura perguntando quantos cargos a pasta tem.

Vem comigo. O senador Romero Jucá fará o papel de anfitrião de Raquel Dodge na visita aos senadores antes da sabatina na CCJ.

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Ralo. Os gastos da Justiça Eleitoral com a eleição no Amazonas, que deveria ocorrer em 4 de agosto, já chegam a R$ 8 milhões. Parte do valor deve se perder com a decisão do STF de suspender o pleito.

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Surpresa! Heráclito Fortes não esperava que Temer fosse aceitar o convite para comer rabada na casa dele. Fez o convite depois de uma agenda no Planalto.

Bad day. Se a aprovação de Temer já era ruim, ficou ainda pior depois de a denúncia contra ele chegar à Câmara. Monitoramento do governo mostrou que o assunto, somado à suspensão de emissão de passaportes, dominou as redes.

Você por aqui... Rodrigo Maia e Aldo Rebelo, que ensaiaram formar uma chapa caso Michel Temer renunciasse, jantaram juntos na Embaixada da China na terça-feira. Maia diz ter sido pura coincidência. O encontro não consta da agenda do deputado.

Desceram do muro.  Doze deputados tucanos avisaram à sigla que votam a favor da abertura de processo pelo STF contra Temer.

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PRONTO, FALEI!

"Tem que ter muito cargo, muita emenda e couro de aço para enfrentar as setas que vão ser disparadas pela opinião pública", Deputado Augusto Carvalho (Solidariedade-DF), sobre votar a favor de Temer.

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