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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Governadores avançam na criação do consórcio Brasil Verde; veja 10 metas

Por Matheus Lara e Alberto Bombig
Atualização:

Resposta dos Estados à política ambiental de Jair Bolsonaro, o consórcio Brasil Verde ganha corpo. Governadores debatem a minuta de criação do grupo e estabelecem objetivos, boa parte deles ligada à "economia verde". Estimular o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) e implementar uma política de incentivo à inovação com menos impacto ambiental são prioridades citadas em documento ao qual a Coluna teve acesso. Também estão nas metas um inventário das principais fontes de emissões de gases do efeito estufa no País.

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Em jogo. O consórcio poderá celebrar contratos e usar recursos estaduais e federais em projetos ligados a temas ambientais, fazer licitações e concessões e apoiar financeiramente fundos e conselhos.

Escopo. Uma das principais funções do consórcio será atuar no cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil no Protocolo de Kyoto e com a ONU.

Atuação. "O Brasil assumiu obrigações em acordos internacionais. O papel do governo federal não pode ser substituído, mas os Estados podem contribuir para que possamos alcançar metas, com programas sobre mudanças climáticas e de redução das emissões de gás carbônico", diz Renato Casagrande (PSB-ES).

Estrutura. O presidente sairá de assembleia e terá dois anos de mandato sem remuneração. A sede estará no Estado do líder da vez. Está prevista a criação de conselho consultivo com membros de movimentos sociais, sindicatos, empresários, pesquisadores e ONGs.

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Veja as 10 metas discutidas pelos governadores para a formalização do consórcio Brasil Verde:

1. Compatibilizar o desenvolvimento econômico-social com a proteção do sistema climático, de forma socialmente justa e ecologicamente equilibrada.

2. Reduzir as emissões antrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes;

3. Fortalecer as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa no território nacional;

4. Implementar medidas para promover a adaptação à mudança do clima pelas 3 (três) esferas da Federação, com a participação e a colaboração dos agentes econômicos e sociais interessados ou beneficiários, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus efeitos adversos;

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5. Preservar, conservar e recuperar os recursos naturais, com particular atenção aos grandes biomas considerados pela Constituição Federal como Patrimônios Nacionais;

6. Consolidar e expandir as áreas legalmente protegidas e ao incentivo aos reflorestamentos e à recomposição da cobertura vegetal em áreas degradadas;

7. Estimular o desenvolvimento do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões - MBRE;

8. Implementar uma política de incentivo ao incremento da denominada "economia verde", especialmente voltada para o desenvolvimento de produtos inovadores, de menor impacto ambiental e geradoras de novas oportunidade de emprego;

9. Estimular o desenvolvimento de soluções relacionadas à questão energética, considerando tanto a necessidade de redução das emissões como, também, as consequências das mudanças climáticas na produção de energia;

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10. Adotar medidas visando reduzir dos impactos oriundos das mudanças climáticas nas populações mais vulneráveis.

 Foto: Herton Escobar/Estadão

Reação. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) protocolou na Procuradoria-Geral da República pedido de investigação das fraudes na Lei de Acesso à Informação, reveladas pelo Estadão. A reportagem mostrou que servidores do Planalto orientaram ministérios a avaliar "risco político" e a omitir informações.

Pastel... A ideia de Jair Bolsonaro de ingressar no PRTB não morreu. Mas respira por aparelhos. Obstáculos: 1) a família de Levy Fidelix, morto neste ano, precisa ceder parte do controle do partido ao presidente; 2) O vice Hamilton Mourão tem de dar o aval.

...e refri. Por fim, mas não menos importante: 3) Bolsonaro só ofereceu pastel e refrigerante para a família Fidelix quando eles o visitaram. Não saciou.

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CLICK. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (ao centro), e sua equipe fizeram a pé deslocamentos entre agendas na quarta-feira, 22, Dia Mundial Sem Carro  

Boa ideia? Ao cumprir seu dever de recomendar isolamento a Bolsonaro e sua comitiva, a Anvisa, sob Antonio Barra Torres, deu uma boa ideia: quem sabe o Brasil não melhora se esse governo ficar 14 dias parado em quarentena absoluta?

SINAIS PARTICULARES. Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa. Ilustração: Kleber Sales/Estadão  

PRONTO, FALEI!

Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo

"Na prática, não pagar os precatórios na íntegra é um calote técnico, que pode afetar a confiança dos investidores no País. Mantém-se o risco fiscal."

 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG E MATHEUS LARA. COLABOROU BRENO PIRES

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