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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Governador do TO é alvo de mandado de condução coercitiva na Operação Reis do Gado

Por Luiza Pollo
Atualização:
 

 

O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é alvo da Operação Reis do Gado deflagrada nesta segunda-feira pela Polícia Federal. Há mandado de condução coercitiva contra ele. A ordem ainda não foi cumprida.Os policiais também cumprem mandado de busca a apreensão na casa do governador. Outro alvo de mandado de condução coercitiva é o ex-governador José Wilson Siqueira Campos. Entre mandado de prisão temporária um é contra Sérgio Leão, secretário de infraestrutura de Tocantins.

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A investigação apontou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do atual chefe do executivo estadual, que teria gerado enorme prejuízo aos cofres públicos. As autoridades identificaram, até o momento, um montante de mais de 200 milhões de reais efetivamente lavados.

A ocultação do dinheiro desviado ilicitamente era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado. Parte do valor teve por destino a formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado.

Ainda segunda a PF, Em um dos casos foi identificada um contrato de compra de gado cujo volume, segundo a perícia realizada, não caberia sequer dentro da propriedade onde pretensamente deveriam se encontrar o rebanho. Essa técnica foi apelidada pelos investigadores como "Gados de Papel". Em outro caso, um contrato de prestação de serviços entre o governo e uma empresa de transportes aéreos alcançou valores tão exorbitantes que, sendo dimensionadas em horas de voo, obrigariam os aviões a serem abastecidos no ar para que se pudesse suprir o valor integral do contrato.

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva, fraudes à licitação e organização criminosa. Somadas as penas podem ultrapassar anos. (Andreza Matais e Fábio Fabrini)

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