Apesar de a equipe técnica do presidente Jair Bolsonaro ter dito a ele que não poderia revogar a nomeação de Carlos Marun para o conselho de Itaipu por se tratar de ato jurídico perfeito, o estatuto da empresa binacional permite a troca.
O texto diz que "a qualquer momento os governos poderão substituir os conselheiros que nomearam". O governo brasileiro tem seis nomes no conselho.
A Coluna revelou que Bolsonaro não gostou nada de seu antecessor, Michel Temer, ter nomeado seu ex-ministro para a vaga num dos últimos atos do seu governo. E que havia decidido revogá-lo.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, criticou publicamente a medida de Temer. "Pode não ser ilegal, mas não foi ética. Todo mundo sabe que o ex-presidente fez isso como prêmio", disse ele ao blog da Andréia Sadi, no G1.
Mas, informado de que não poderia tecnicamente reverter a decisão, Bolsonaro encerrou o assunto.
No cargo, Marun irá participar de reuniões bimestrais e receber mais de R$ 20 mil de salário.
(Anne Warth, Naira Trindade e Andreza Matais)