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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Especialistas defendem lockdown de três semanas para poupar 22 mil vidas

Por Mariana Haubert
Atualização:

Araraquara manteve o lockdown Foto: Célio Messias/ Estadão

O movimento "Abril pela Vida", formado por mais de 30 pesquisadores e especialistas renomados em saúde pública, economia e políticas públicas, enviou uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro e a governadores e prefeitos para pedir a adoção imediata de três semanas de lockdown real coordenado em todo o País, o que teria potencial para salvar 22 mil vidas. O grupo pede ainda o pagamento de auxílio emergencial para mitigar os efeitos econômicos negativos da medida. 

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De acordo com um estudo da Impulso Gov, organização sem fins lucrativos de saúde pública, o avanço da imunização no País terá impactos positivos a partir de maio, o que pode reduzir à metade a média móvel de mortes e aliviar a pressão sobre os hospitais. Segundo a análise, o atual ritmo de produção nacional de vacinas contra a covid-19 indica que haverá doses suficientes para imunizar quase todas as pessoas com mais de 60 anos até o fim de abril. 

Porém, o movimento defende que, para o cenário se concretizar, é preciso reduzir a circulação do vírus para, dentre outros motivos, evitar o surgimento de novas variantes, o que pode tornar as vacinas obsoletas, e dar tempo de se avançar com a vacinação. O grupo pede ainda o aumento da testagem no País, com acompanhamento das pessoas testadas.

Na área econômica, os pesquisadores defendem a concessão de parcela única de auxílio emergencial para cerca de 67 milhões de indivíduos em situação de vulnerabilidade, no valor de uma cesta básica, e de 3,3 milhões de micro e pequenas empresas, no valor de R$ 1 mil. 

Dentre os que assinam a carta estão André Lara Resende, ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Bresser-Pereira, professor da FGV, Pedro Hallal, epidemiologista e Ana Maria Malik, membro do conselho da Associação Latina para Análise dos Sistemas de Saúde.

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