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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Entre Lula e Bolsonaro, MDB sai mais dividido da eleição presidencial

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Por Mariana Carneiro , Julia Lindner e Gustavo Côrtes
Atualização:

O partido de Simone Tebet (MDB) chega ao 2.º turno mais rachado do que no início da campanha. Enquanto a presidenciável expressará apoio crítico a Lula, o MDB paulista pretende endossar Tarcísio de Freitas (Republicanos), cujo sucesso está colado no de Jair Bolsonaro (PL). Mais do que o número de diretórios de cada lado, duas das figuras mais relevantes do MDB estão em lados opostos. Reeleito com 70% dos votos e responsável por eleger 9 deputados da sigla, Helder Barbalho (PA) declarou apoio a Lula. Já Ricardo Nunes, em nome de sua reeleição em SP em 2024, prefere Bolsonaro. Ainda que Baleia Rossi libere os filiados, como é previsto, o MDB ainda enfrentará uma disputa sobre qual grupo vai prevalecer a partir de 2023.

Simone Tebet. FOTO: PEDRO FRANCA/AG. SENADO  

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SOMA. Integrantes do MDB paulista vislumbram, por exemplo, se associar ao PSDB e Cidadania para ganhar musculatura e liderar o "centrinho" em um ambiente em que as siglas se agigantaram - o PL de Bolsonaro elegeu 99 deputados e o PT, 80. Já o MDB fez 42. A união, porém, teria como obstáculos rixas regionais entre caciques das legendas.

SINAIS. Baleia Rossi negociou dentro do MDB para que Tebet pudesse fazer o anúncio desta quarta, ainda que apenas em seu nome. Nunes preferia que ela não se pronunciasse. Tebet deve ser moderada na fala, não haverá L com as mãos, nem entusiasmo. Aliados de Baleia dizem ter certeza de que ele não declarará apoio a Bolsonaro.

SINAIS 2. Tebet impôs como condição não fazer o anúncio ao lado de caciques como Renan Calheiros, que se opuseram à sua candidatura. Eles estarão em SP para ato com Lula nesta quarta.

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