O Itamaraty vai enviar de volta à Bolívia o embaixador Raymundo Magno. Ele embarca na segunda-feira. O embaixador boliviano, José Kinn, reassumiu ontem suas funções em Brasília. Os dois haviam sido convocados por seus países, após Evo Morales classificar o impeachment de Dilma Rousseff como golpe. O armistício foi possível depois de Evo mudar o discurso. Ele agora diz que a deposição de Dilma foi um "golpe congressista", reduzindo as críticas sobre a postura de Michel Temer. E diz reconhecer que o processo foi legal, embora "sem legitimidade".
Mesmo sendo aliado político de Lula e Dilma, Evo não tem interesse no distanciamento com o Brasil. A Bolívia tem parceria estratégica com o País, especialmente por causa do fornecimento de gás para os brasileiros.
Mudanças. O secretário de comunicação do Itamaraty, Fred Duque Estrada, será substituído na função pelo embaixador Claudio Garon. A mudança partiu de um pedido do próprio Estrada, que será transferido para uma embaixada.