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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Em aceno a empresariado, PT fala em recriar o extinto 'Conselhão' de Lula

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Por Camila Turtelli , Matheus Lara e Gustavo Côrtes
Atualização:

A deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT. Foto: Agência Câmara

Em ofensiva às lideranças empresariais da Avenida Faria Lima para tentar atrair apoio de figurões do setor privado, a pré-campanha de Lula (PT) tem falado em recriar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão", extinto em 2019 por Bolsonaro. Aliados tentam pintar o ex-presidente como uma liderança moderada e disposta a dialogar mesmo com quem pensa diferente, enquanto à base de eleitores o próprio presidenciável investe em falas mais ideológicas. Ao grupo Esfera Brasil em São Paulo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reconheceu que Lula tinha grandes divergências com diversos setores e falou do Conselhão como um ambiente pragmático e onde opiniões distintas tinham voz.

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VAMOS ASSIM. Pressionado por seu reduto eleitoral, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), retomou a pauta da educação domiciliar (homeschooling). A expectativa é que o projeto de lei seja pautado no plenário da Casa na próxima semana.

SURPRESA. Barros chamou a relatora do projeto, Luísa Canziani (PSD-PR), para uma reunião ontem em que, para surpresa dela, estavam presentes o ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga e os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

LEMBRA? A Justiça do Paraná derrubou lei estadual que permitia educar filhos em casa. Defensores da medida, como a Associação de Educação Domiciliar (Aned), então, recorreram a Barros. Ele nega que a reunião tenha acontecido por causa da decisão do TJ-PR.

VIA ÚNICA. Caciques da terceira via não definiram um critério para escolha de candidatura única do campo. "Não tem um manual. Vamos considerar pesquisa qualitativa e analisar adversários", disse Roberto Freire (Cidadania).

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ENQUANTO ISSO. João Doria (PSDB) mantém as mangas arregaçadas em pré-campanha. Ele falará a um grupo de cerca de 200 empresários em almoço-debate promovido pelo Grupo Lide em São Paulo no próximo dia 11. É a segunda rodada com presidenciáveis. Sérgio Moro, agora fora da corrida, participou em fevereiro.

ESPERADO. O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, confirmou presença no Senado para falar sobre a influência de pastores, mas deve ser questionado também sobre a licitação do órgão na aquisição de ônibus escolares.

SINAIS PARTICULARES (por Kleber Sales). Marcelo Lopes da Ponte, presidente do FNDE

 

ATRASOU. As discussões sobre o PL das Fake News postergaram a reunião que iria definir as comissões permanentes da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 6.

AVALIAÇÃO. Do criminalista Sérgio Rosenthal: "O espraiamento de notícias falsas contamina o processo eleitoral democrático e certamente não encontra respaldo na garantia à livre manifestação, razão pela qual as Big Techs têm obrigação legal e moral de combater tal prática".

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PRONTO, FALEI! Magno Karl, diretor-executivo do Livres

"PL (partido de Valdermar Costa Neto e do presidente Jair Bolsonaro) decidiu tirar o vermelho da logo. Para ser justo, agora só falta tirar o 'liberal' do nome."

CLICK. Mônica Sodré, diretora-executiva da Raps

 

Cientista política reuniu nomes como Tabata Amaral e João Campos (PSB), Eduardo Leite (PSDB) e Marcelo Ramos (PSD) para evento de 10 anos da Raps.

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