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Demitido por uso de avião da FAB, assessor volta para Casa Civil

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Por Mariana Haubert
Atualização:

Vicente Santini utilizou avião da FAB para ir a Davos e depois à Índia Foto: Rosinei Coutinho / STO / STF

O ex-secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini, demitido do cargo nesta terça-feira, foi readmitido no governo no início da noite desta quarta-feira. Ele foi nomeado como assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil, com DAS 6, um dos mais altos do serviço público. Isso significa que ele desceu um degrau em relação ao cargo anterior.

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Santini conversou nesta tarde com Jair Bolsonaro, que havia determinado sua exoneração. De acordo com interlocutores, o presidente foi convencido de que ele poderia continuar colaborando com o governo e autorizou a nomeação.

Quem assina a nomeação é Fernando Wandscheer de Moura Alves, que era adjunto de Santini e ontem foi nomeado para o seu lugar. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

O titular da Casa Civil, ministro Onyx Lorenzoni, está de férias nos Estados Unidos e só retorna dia 2 de fevereiro.

Santini foi exonerado por utilizar uma aeronave oficial da FAB (Força Aérea Brasileira) para se deslocar até Nova Délhi, na Índia. Bolsonaro ficou incomodado com o voo particular do número 2 de Onyx Lorenzoni, enquanto os demais ministros optaram por viajar por companhias aéreas comerciais.

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"Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de executivo do Onyx. Destituído por mim. Vou conversar com Onyx para decidir quais outras medidas podem ser tomadas contra ele", disse Bolsonaro nesta terça, assim que voltou ao Brasil.

Santini viajou à Índia acompanhado também da secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marthe Seiller, e da diplomata Bertha Gadelha. Antes, ele estava em Davos e Zurique, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial.

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