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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Consultoria prevê foco no digital nos últimos dias de campanha

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Por Redação
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 Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Em ano atípico e com campanha eleitoral, em geral, pouco empolgante, candidatos de todo o País e de todas as matizes políticas tendem a centrar esforços, e investimentos, em propagandas nas redes sociais nesta reta finalíssima. Apesar de o eleitor normalmente decidir seu voto nas 48 horas anteriores ao pleito, a estratégia pode, porém, não surtir o efeito esperado. De acordo com Manoel Fernandes, da Bites Consultoria, a tendência é de que a atenção do eleitor esteja fragmentada pelo grande volume de informações, muitas de alto tom apelativo.

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Foco. O sprint final nas redes se dá, em geral, por dois motivos: recuperar tempo perdido ou corrigir erros das campanhas.

Dindin. Desde o início do período eleitoral, o Facebook já faturou R$ 56 milhões com o impulsionamento de conteúdos políticos em todo o País.

Exemplo. De acordo com a Bites, dois bons exemplos de engajamento nas redes sociais neste ano são as campanhas de Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, e de Manuela D'Ávila (PCdoB), em Porto Alegre. Eles criaram grupos orgânicos que interagem com seus conteúdos e os replicam.

Good news. A consultoria identificou que há um número relevante de buscas na internet pelos números de Márcio França (PSB) e Boulos, em São Paulo. Bruno Covas (PSDB), praticamente consolidado no segundo turno, e Celso Russomanno (Republicanos) mal aparecem no levantamento.

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Bad news. A situação de ambos, porém, é diferente. Covas já é conhecido por seu eleitor e pode ter atingido seu platô de votos nesta fase da disputa, já Russomanno tenta frear um processo de derretimento. Ambos, claro, são velhos conhecidos do eleitor paulistano.

Estratégia. A reta finalíssima também está sendo definitivamente marcada pela busca do "voto útil", e não apenas no consórcio informal PT-PSOL. No Rio, Martha Rocha (PDT) também é opção de intelectuais e artistas para evitar um segundo turno entre Eduardo Paes e Marcelo Crivella.

Apoio. Rolou até manifesto com nomes como Caetano Veloso, Patricia Pillar, Tico Santa Cruz, Léo Jaime e Ana de Hollanda.

Mil e uma utilidades. Em São Paulo, França também se coloca como "candidato canivete suíço": agrada à centro-esquerda moderada que quer no segundo turno e também tem apoios na centro-direita que torce o nariz para o PSDB.

SINAIS PARTICULARES.Márcio França, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSB

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Ilustração: Kleber Sales  

Vida privada. O ex-ministro Sérgio Moro entrou firme no mundo da advocacia. Almoçou ontem com o advogado Walfrido Warde e o ex-ministro Valdir Simão. Segundo apurou a Coluna, no cardápio estava o primeiro parecer de Moro, que tratará de um gigantesco caso de corrupção corporativa.

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No laço. O TSE deve analisar hoje ação do vice-governador de Alagoas, Luciano Barbosa (sem partido), para garantir sua candidatura à prefeitura de Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral do Estado nordestino.

Rompimento. Barbosa peitou o clã Calheiros, de quem era aliado histórico, ao disputar as eleições. Com sua possível renúncia, caso vença o pleito, ele atrapalharia os planos de Renan Filho (MDB), governador de Alagoas.

Motivos? Renan pretende disputar, em 2022, quando se encerra seu governo, uma vaga ao Senado. Porém, sem Barbosa na linha sucessória, o governo do Estado cairia nas mãos do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (Solidariedade), adversário da família Calheiros.

Reação. O MDB nacional destituiu o diretório municipal do partido em Arapiraca e pediu à Justiça Eleitoral o indeferimento da candidatura. O TRE local acatou o pedido e determinou a suspensão da propaganda, direito de resposta e a retirada de seu nome da urna.

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Reação 2. No fim de outubro, Luciano Barbosa foi expulso do MDB por desobediência.

CLICK. Antonio Donato (ao centro) em Paraisópolis, zona sul da capital paulista. O vereador petista busca a reeleição com enfoque no combate à desigualdade social.

Coluna do Estadão  

BOMBOU NAS REDES!

 Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação

Paulo Lotufo, professor de Epidemiologia da USP: "A submissão da Anvisa ao poder político irá minar a credibilidade do país no terreno farmacêutico. Por "compliance", várias Pharmas nada financiam em países sem órgãos independentes de controle de pesquisa clínica e sanitária".

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA. COLABOROU RAFAEL MORAES MOURA.

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