Entre os argumentos usados para convencer Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia a serenar os ânimos, está a situação calamitosa dos Estados. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), foi escalado para falar com o presidente e passou mais de uma hora no Planalto dizendo que, se a chama continuasse ardendo, a reforma da Previdência subiria no telhado. Sem ela, a falência completa dos Estados estará decretada. Bolsonaro ouviu e indicou a vontade de intensificar o diálogo com os partidos e com o povo: quer viajar pelo País com uma agenda positiva.
Dando um tempo. Entre Maia e Jair Bolsonaro, pelo menos por ora, ficou acertado que o namoro está desfeito. Mas que eles não precisam se atacar em público.
Auxílio luxuoso. Antes de falar com Bolsonaro, Caiado conversou com Maia, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com o presidente do DEM, ACM Neto, prefeito de Salvador.
De carne e osso. O itinerário de viagens de Bolsonaro pelo País ainda está sendo desenhado. A ideia é se reconectar com eleitores, mas fora das redes sociais.
Filosofou. "Democracia não é paz de cemitério, não tem jeito. Mas, quando se interage e passa a ter resultados positivos, todo mundo acredita", diz Caiado.
Força-tarefa. Outros bombeiros ajudaram a apagar as chamas. Joice Hasselmann e o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, que conversou com o presidente fora da agenda.
Falou grosso. O pito dado no PSL pelo presidente do partido, Luciano Bivar, na reunião de ontem foi consequência direta da fala de Paulo Guedes, na véspera, sobre um "tiro nas costas". Serviu a carapuça.
Alto... Delegado Waldir continua como líder do PSL, pelo menos até a próxima crise, mas teve poderes esvaziados. Só vai falar quando houver consenso e dividirá o microfone com os 14 vice-líderes.
...lá. A divisão de holofotes no PSL garante espaço aos deputados que querem protagonismo, como Coronel Tadeu (SP), e ajuda a diluir as opiniões de Waldir. A ideia é um rodízio a cada três meses nos cargos.
SINAIS PARTICULARES Carla Zambelli, deputada federal (PSL-SP)
Ruído. A manutenção da relatoria da Previdência na CCJ com o PSL pegou de surpresa o Novo, que, até o último segundo, contava em ser escolhido para a missão. Diferentemente do partido de Bolsonaro, o Novo vem defendendo com a cara e a coragem a reforma.
Nada funciona. O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) identificou mais uma vítima da paralisia no MEC: a construção de 1,7 mil creches. Presidente da Comissão de Fiscalização e Transparência, começará por elas um ciclo de audiências sobre obras paradas no País.
CLICK. O Comando Militar do Sudeste fez um vídeo da "comemoração" de 1964 com imagens de outros "fatos históricos". Para evitar polêmica, não foi parar nas redes.
Como... Relator do grupo de trabalho que analisa o pacote de Sérgio Moro na Câmara, Capitão Augusto (PR-SP) disse que a prisão após segunda instância pode ficar de fora das propostas finais. Isso não foi discutido pelo colegiado.
... assim?. O capitão não teria sequer participado das reuniões do grupo.
Brasa. A deputada Carla Zambelli disse que "esquerda" critica Moro pelo projeto de reduzir impostos de cigarros. Um dos primeiros a se manifestar contra foi o senador tucano José Serra.
BOMBOU NAS REDES!
Talíria Petrone, deputada federal (PSOL-RJ): "Se hoje a gente pode discordar do governo, é porque muitas pessoas lutaram por esse nosso direito", sobre o aniversário da ditadura, com a #CensuraNuncaMais