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Comandante da PM Marcelo Salles diz não ter mágoas e que sai realizado

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Por Redação
Atualização:

Salles (à direita), ao lado do secretário de Segurança João Camilo e do governador João Doria. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

O coronel Marcelo Salles afirmou à Coluna do Estadão que está deixando o cargo de comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo "por opção pessoal" e que "não há nenhum tipo de mágoa" em relação ao governador João Doria (PSDB) e ao secretário estadual da Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos.

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Segundo Salles, é "hora de renovação"."Estou realizado. Não tenho apego a cargos. É uma função que não tem dia, não tem hora. Acompanho tudo na ponta do lápis. Saio feliz com o trabalho", disse.

Salles está no comando da corporação desde maio de 2018, quando foi escolhido pelo então governador Márcio França (PSB), adversário político de Doria. Conforme apuração do Estado, questões relacionadas ao caso Paraisópolis, onde, após uma ação da PM nove jovens morreram pisoteados, a relação de Salles com o governador se desgastou.

À Coluna, ele afirmou que o episódio marcou "um momento tenso, mas ele (Doria) nunca interferiu no inquérito". Salles classificou como "disse-me-disse" as informações sobre a relação dele com o governador. "Meu pai é policial militar, eu nasci no hospital da PM. Cumpro ordens. Quero mesmo é agradecer ao governador, ao Márcio França e ao general João Camilo."

Segundo Salles, seu maior legado à frente da PM é ter contribuído para a redução dos índices de criminalidade no Estado, a diminuição de custos e a modernização da corporação. "Bandido não tem arma melhor do que a polícia em São Paulo hoje". E também um trabalho de "humanização no tratamento com a tropa". "Fui um modesto maestro, o mérito é totalmente de quem está na rua", diz.

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A Coluna apurou que Salles tem convites para concorrer a vereador de São Paulo neste ano. "Nem eu nem ninguém da ativa pode falar em política. Por enquanto, vou descansar e voltar a dar aulas".

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