Aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocam na balança os benefícios de convocar senadores eleitos para assumir ministérios. Com a eleição de bolsonaristas que prometem oposição ferrenha, como Damares Alves (Republicanos-DF), Lula vai precisar de políticos experientes para fazer andar pautas de interesse do governo no Senado. Jaques Wagner (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Camilo Santana (PT-CE) e Flávio Dino (PSB-MA) são cotados para assumir ministérios. De acordo com um integrante do PT, tirar bons senadores pode esvaziar o Senado de "articuladores necessários para o governo". "Ministros, você acha muitos. Senadores, não dá pra substituir", avaliou ele, sob reserva.
CARAS. Os suplentes dos quatro senadores até são alinhados a Lula, porém menos experientes. São eles: o ex-deputado Bebeto Galvão (Wagner), a socióloga Jussara Lima (Dias), a deputada estadual Augusta Brito (Camilo) e a vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paula Lobato (Dino).
ADVERSO. O PL de Bolsonaro terá a maior bancada de senadores, com 14 nomes. O número pode aumentar com a migração de partidos menores para a sigla de Valdemar Costa Neto.
TRAVOU. Carlos Fávaro (PSD-MT), citado como potencial nome para a Agricultura, tem pouca chance porque a suplente, Margareth Buzetti, é bolsonarista.