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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Caravanas bolsonaristas para o 7 de Setembro dizem contar com proteção policial

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Por Matheus Lara e Alberto Bombig
Atualização:

Organizadores de caravanas bolsonaristas têm afirmado em grupos de WhatsApp que forças policiais estarão do lado deles nos atos do 7 de Setembro. Até a presença de policiais armados dentro de ônibus tem sido anunciada e usada como "atrativo" para que manifestantes se sintam seguros. Em áudio a interessados em pagar R$ 230 para um bate-volta saindo do Espírito Santo, a coordenadora de uma caravana alega que policiais "conhecidos" vão acompanhá-los até a Paulista e devem estar armados para proteger os manifestantes durante a viagem.

Bolsonaristas em ato na Av. Paulista em 1º de Maio de 2021. Foto: Taba Benedicto/Estadão

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Apuração. A Coluna teve acesso a conversas em grupos de mobilizações que sairão do interior de São Paulo e do norte do Paraná.

Clima... Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), diz que policiais não podem usar armas para atuar em serviços de segurança privada e não podem participar de atos políticos como militares da ativa.

...pesado. O Fórum e outras quatro entidades ligadas à segurança pública, Cesec, Conectas e os institutos Sou da Paz e Igarapé, culpam o governo federal por incentivar o uso da força como método de ação para desestabilizar o País.

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Nas... Levantamento feito pela .MAP, agência de análise de dados e mídias, mostra que o apoio a Jair Bolsonaro nas redes sociais é de 68,19%, ante apenas 4,24% a seu governo, no período de 27 de agosto a 2 de setembro último.

...redes. O apoio é impulsionado pelo ativismo dos públicos de direita, que correspondem a 33,18% do debate nas redes na última semana; se incluir presidente e filhos, chega a 36,78%.

Não é... "A tática de descolamento do presidente de temas da economia surte efeito nas redes sociais", avalia Heron do Carmo, economista da FEA/USP e consultor da .MAP.

...comigo. A estratégia afasta Bolsonaro da deterioração da economia, amplamente debatida nas redes. A alta do preço dos alimentos foi o terceiro assunto mais comentado pela opinião pública, com participação de 9,06%; o desemprego somou 5,98%.

Atos. A militância bolsonarista centraliza os esforços nas redes para os atos do 7 de Setembro: respondem por 65% das publicações, considerando opinião pública, formadores de opinião, políticos e partidos alinhados à direita.

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Atos 2. Esse ativismo levou o tema a ser o mais debatido na semana, com participação de 11,23%.

CLICK. Em sentido horário: Carlos Lupi, Juliano Medeiros e Roberto Freire debateram ameaças à democracia com a CSB, presidida por Antônio Neto (canto superior à esq.).  

Para ficar... Integrantes do Novo procuraram a Coluna para questionar a afirmação, publicada na sexta-feira, 3, de que João Amoêdo se mantém fiel aos princípios liberais do partido e à Constituição do País.

...claro. Segundo eles, a nota deu a entender que apenas Amoêdo se mantém fiel a esses princípios, em contraponto com o grupo que faz oposição a ele no partido. Não foi isso que a nota quis transmitir.

Divergência. Ainda de acordo com os opositores de Amoêdo, ele também contrariou ideias que estão na gênese do partido.

Questão de honra. Arthur Lira transformou em questão pessoal, como havia mostrado a Coluna, a aprovação da Reforma do IR. O presidente da Câmara sabia que, se não aprovasse o texto ou ao menos não desse um final digo para ele, ficaria fragilizado.

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SINAIS PARTICULARES. Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Ilustração: Kleber Sales/Estadão  

PRONTO, FALEI!

Heni Ozi Cukier, deputado estadual (Novo-SP)

"O discurso mais canalha é o de que Jair Bolsonaro luta contra o sistema, o mesmo sistema em que ele colocou todos os filhos pra parasitarem."

 Foto: Cristina Rufatto
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