Mariana Carneiro, Julia Lindner e Gustavo Côrtes
26 de maio de 2022 | 05h01
Integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro querem ampliar a visibilidade das críticas de Ciro Gomes (PDT) a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Acreditam que, ao evidenciar os ataques de Ciro contra o petista, conseguem neutralizar um potencial movimento de voto útil em Lula no 1.º turno – o que poderia levar a uma vitória do petista. Na última pesquisa Ipespe, Lula marcou 44% das intenções de voto e Ciro, 8%, o que somado passaria dos 50%. Um sinal de que a estratégia bolsonarista entrou em campo são postagens feitas por aliados do presidente, como a da deputada Bia Kicis (União-DF) e do delegado Alexandre Ramagem, replicando vídeo em que Ciro diz que Lula não foi inocentado, mas teve o processo anulado no STF.
TIROTEIO. Aliados de Ciro admitem terem sido pegos de surpresa pela iniciativa de bolsonaristas – acreditavam que só o PT dizia que as críticas contra Lula favoreciam Bolsonaro.
SEM CORTES. O presidente do PDT, Carlos Lupi, diz que os bolsonaristas deveriam mostrar também os vídeos em que Ciro chama o presidente de “bandido, ignorante, belzebu”. “Nosso papel é mostrar a nossa diferença dos dois lados. Temos profundas diferenças com Bolsonaro e algumas diferenças com Lula, senão estávamos todos no mesmo palanque”, afirma.
PRONTO, FALEI. Bira do Pindaré, Líder do PSB na Câmara (MA)
“Como astronauta, o ex-ministro Marcos Pontes ao menos reconheceu que a Terra é redonda. Isso é uma enorme virtude num governo negacionista.”
CLICK. Jair Bolsonaro, presidente da República
Recebeu ontem a bancada evangélica, insatisfeita com a disputa de Lincoln Portela (PL-MG) contra governistas pela vice-presidência da Câmara.
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