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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Campanha de Bolsonaro vai contestar projeções para minimizar crise econômica

Por Camila Turtelli e Matheus Lara
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro (PL) em evento no Planalto. Foto: Evaristo Sá/AFP

Na pré-campanha de Jair Bolsonaro (PL), está traçada uma estratégia para tentar ao menos minimizar os efeitos da grave crise econômica entre lideranças do setor produtivo. Aliados do presidente reconhecem que, diferente dos embates mais ideológicos sobre costumes, por exemplo, que acabam ecoando com mais facilidade na base bolsonarista, temas econômicos são um calcanhar de Aquiles. O teor de uma fala da secretária de Produtividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, a empresários esta semana, minimizando projeções do mercado para 2022 e ironizando governos estaduais, antecipa o tom esperado da campanha de Bolsonaro para as próximas semanas.

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É ASSIM? Em encontro do grupo Esfera Brasil, Marques disse que a equipe do ministro Paulo Guedes está "mais otimista do que as estimativas do mercado" para o Brasil neste ano. Segundo ela, resultados de leilões e recuperação de empregos são os pontos de otimismo para o governo.

E ELES LÁ. Outra estratégia será insistir nos ataques aos governos estaduais e locais para vender a narrativa de que "bondades" como aumentos de salário para o funcionalismo só foram possíveis graças ao governo federal. "Assim, todos os prefeitos e governadores ficaram bons gestores", disse Daniella no evento.

MAIS UM. O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, vai disputar uma vaga na Câmara. Ele se filiou ao PSDB e teve a ficha abonada pelo pré-candidato tucano à Presidência, João Doria.

MAIS DOIS. Quem também vai seguir a mesma trilha é a empresária e modelo Luiza Brunet. Ela quer defender pautas relacionadas aos direitos das mulheres e é uma das apostas do PSDB para esta eleição.

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MAIS TRÊS. Joice Hasselmann garantiu sua candidatura com o aval do PSDB nacional depois de ser impugnada pelo diretório municipal.

NA PISTA. A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) está entre os cotados para ser vice do pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O alerta nas negociações para a eleição deste ano foi ligado com a migração de Valle do PSB para o PL.

VAMOS SOMAR. O vice-presidente do PL, deputado Capitão Augusto, diz que a vice de Tarcísio ainda não está definida, mas que será alguém para agregar. "Não será militar, nem evangélico e nem do agronegócio. Porque essa base já é dele", disse. "Eu apostaria em uma mulher da capital".

CLICK. Rosana Valle, deputada federal (PL-SP)

 

Com o ex-ministro da Infraestrutura, a deputada afirmou que foi convidada por Tarcísio para "integrar o seu grupo político" e que decidiu sair do PSB.

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RESTA UM. Aliados da senadora Simone Tebet (MDB), como o senador Alessandro Vieira, têm insistindo na tecla de que, diante das mais recentes movimentações, resta ela com a capacidade para agregar as forças da terceira via nestas eleições.

SINAIS PARTICULARES (por Kleber Sales). Simone Tebet, presidenciável do MDB

 

MOTOR LIGADO. Enquanto nega a possibilidade de abrir mão da candidatura para Bandeirantes em favor de Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) começará na sexta, 8, os trabalhos da construção de seu plano de governo.

ASSINATURA. Parte do time já está escalado. Esta semana, por exemplo, William Callegaro, da Aliança Nacional LGBTI, foi encarregado para escrever o capítulo de diversidade de seu plano de governo.

PRONTO, FALEI! Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

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"Agora o governo recua de reduzir ainda mais o IPI para aumentar a tributação do bancos. Esse governo é uma biruta de aeroporto. Muda com o acaso do vento."

COLABOROU AMANDA PUPO

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