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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Bolsonaro vai à Justiça contra vídeo do PT que o associa à corrupção

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Por Julia Lindner
Atualização:

A equipe jurídica de Jair Bolsonaro (PL) entrou na Justiça contra um vídeo da campanha do ex-presidente Lula (PT) que associa o presidente e seus filhos à compra de imóveis em dinheiro vivo. "De onde vem tanto dinheiro vivo da família Bolsonaro? Escândalo tamanho família", diz um trecho da gravação.

A defesa de Bolsonaro pede, em caráter de urgência, que o vídeo seja retirado do ar e que seja proibida a sua retransmissão.

Trecho de vídeo veiculado pelo PT. Foto: Reprodução

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Na peça, os advogados de Bolsonaro alegam que a gravação é descontextualizada e visa "colocar no seio da sociedade brasileira a figura de um político e Presidente desonesto, corrupto, ao apelar, criminosamente, para a mentirosa demonstração de um patrimônio supostamente incompatível".

Assim como já foi manifestado por Bolsonaro e seus filhos, a defesa também argumenta que "não haveria qualquer ilicitude, de per si, na compra de imóveis em cash". E afirma, ainda, que nem todos os imóveis da família foram comprados em dinheiro vivo.

"No corpo da matéria do UOL, que serviu de base à veiculação, se diz que os negócios foram em moeda corrente", diz a defesa. "Em bom português, pagar em moeda corrente significa pagar em reais, seja por cédulas, cheques, transferências bancárias ou quaisquer outras modalidades de pagamento."

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O vídeo do PT foi baseado em reportagem do UOL que mostrou que, dos 107 imóveis adquiridos desde 1991 por familiares de Bolsonaro, 51 deles foram pagos total ou parcialmente em dinheiro vivo.

Ainda de acordo com a reportagem, as compras registradas nos cartórios com o modo de pagamento "em moeda corrente nacional" totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.

Conforme mostrou a Coluna, cresce na campanha de Bolsonaro a preocupação com a ofensiva do PT sobre o tema da corrupção. Além da reposta no campo jurídico, a campanha do presidente promete uma reação nos próximos dias também nos programas eleitorais na TV sobre o tema.

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