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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Bolsonaro evitou carro de som para 'virar a página' da crise, diz aliado

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Por Redação
Atualização:

Os preparativos para o discurso do presidente Jair Bolsonaro na manifestação neste 1º de maio em Brasília, em frente ao Congresso, foram feitos. Uma equipe do Gabinete de Segurança Nacional fez a avaliação prévia, aliados o aguardavam no carro de som, mas poucos minutos antes da aparição do presidente eles foram informados de que Bolsonaro não subiria ao trio elétrico.

Segundo o deputado federal Sanderson (PL-RS), que é policial federal licenciado e estava no carro de som aguardando o presidente, ele e outros aliados foram avisados pela equipe do presidente de que ele não iria discursar para evitar questionamentos da lei eleitoral. 

Bolsonaro cumprimentou apoiadores em Brasília no dia 1º de maio de 2022. Foto: EVARISTO SA / AFP

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"Outros (candidatos) até podem fazer, mas se ele fizer já viu, né? Vão dizer que está fazendo campanha antecipada. Então foi orientado pela assessoria dele a não vir", disse Sanderson, provavelmente em referência ao rival Lula, que discursou nesta tarde em São Paulo, num evento das centrais sindicais.

Bolsonaro também quis evitar o "esgarçamento da crise institucional", afirma Sanderson. Ela foi  desatada pelo caso Daniel Silveira. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a oito anos de prisão por ameaçar ministros e as instituições democráticas, ele recebeu um indulto presidencial e diz que vai tentar se eleger senador pelo Rio de Janeiro.

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Sanderson afirma que Bolsonaro "quer virar a página" e, por esta razão, evitou o palanque. Em vez disso, o presidente deu uma declaração rápida durante uma caminhada também expressa entre seus apoiadores na Esplanada dos Ministérios. 

"Hoje ele poderia ter falado e não falou, não vai ao protesto da Avenida Paulista", diz Sanderson. "Ele foi orientado a tocar, a governar. Tem que ter paz na cabeça, se não não pode trabalhar para melhorar a economia".

O deputado diz que o ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil, é um desses conselheiros, assim como os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria Geral da Presidência, e Augusto Heleno, do GSI, além de Pedro César Souza, hoje chefe interino do gabinete pessoal do presidente e ex-assessor jurídico da Secretaria Geral da Presidência.

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