Coluna do Estadão
14 de agosto de 2020 | 05h00
O crédito extraordinário para investimentos em infraestrutura animou na Esplanada e no Planalto a turma que sonha em ver o cofre aberto. Parlamentares e técnicos viram na liberação a continuidade da estratégia eleitoral de Jair Bolsonaro: apesar do apoio a Paulo Guedes, o presidente não soltou a mão de Rogério Marinho. Bolsonaro pegou gosto pela inauguração de obras mas, até agora, muitas delas foram iniciadas por antecessores dele ou por prefeitos e governadores. De olho em 2022, quer um portfólio de obras para chamar de seu.
Via rápida. A estratégia para a liberação de mais recursos é justamente a votação pelo Congresso de propostas que podem abrir espaço orçamentário para investimentos por meio da regulamentação dos gatilhos do teto de gastos.
Me leva. A ideia de uma marca de Bolsonaro em obras pelo País é bem vista por deputados e senadores. Querem colar no presidente que, por enquanto, tem boas chances de reeleição.
Socorro. Com a iminência do fim do socorro emergencial a Estados e municípios, cresceu sobre a Câmara a pressão feita por governadores pela aprovação de um projeto complementar que retoma pontos do chamado Plano Mansueto.
Socorro 2. Rio, Minas, Goiás e Rio Grande do Sul são os principais interessados na proposta, de autoria do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), que viabiliza a recuperação dos Estados.
Se liga… Novo líder do governo, Ricardo Barros ligou para o ex-colega de Esplanada da gestão Temer e presidente do PSDB, Bruno Araújo. Dele ouviu que terá apoio dos tucanos na boa pauta econômica.
…na agenda. Mas levou um puxão de orelha que deixaria Paulo Guedes contente: Bruno Araújo pediu pressa em privatizações e na reforma tributária.
Querido presidente. Enquanto isso, Major Vitor Hugo (PSL-GO), destituído da liderança, está na lista de espera por uma vaga na Esplanada. Sonha com a recriação da Segurança Pública. Colegas enxergam merecimento: segurou a onda na Câmara quando nem base de apoio existia.
SINAIS PARTICULARES.
Major Vitor Hugo, deputado federal (PSL-GO)
CLICK. O paraquedista Luiz Eduardo Ramos, 64, saltou, pela primeira vez em 11 anos, de uma altura de 4 mil metros como parte da sua saída do serviço ativo no Exército.
Bye. Enquanto Bolsonaro concretizava a troca do líder do governo no Congresso, Ramos, o ministro da articulação, se emocionava ao passar para a reserva.
PRONTO, FALEI!
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT: “Foi pensando no Brasil que o PT abriu mão de lançar Marília Arraes e apoiou o PSB ao governo de Pernambuco em 2018”, em resposta a Carlos Siqueira (PSB).
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COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA.
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