A indicação do deputado Marcelo Álvaro Antônio (MG) para comandar o Ministério do Turismo agradou ao PSL, partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, mas foi interpretada como fruto de pressão política pela chamada área técnica. Na tentativa de contornar a situação, Bolsonaro deve indicar o empresário nordestino Gilson Machado Neto como secretário executivo do Turismo. Antes de anunciar Marcelo Álvaro, o nome de Machado era dado como certo para ser o titular da pasta.
O presidente eleito tem dito que não pretende negociar com as cúpulas dos partidos, mas, sim, dialogar com frentes parlamentares no Congresso. Na prática, porém, já percebeu que precisará fazer afagos a várias siglas e tem uma série de reuniões marcadas com bancadas na Câmara. Na próxima terça-feira, por exemplo, será a vez de receber os deputados do MDB.
O futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, abriu espaço para a entrada do MDB no primeiro escalão. Deputado reeleito pelo Rio Grande do Sul, Terra havia chefiado o Desenvolvimento Social no governo de Michel Temer. A divulgação do seu nome provocou protestos dos evangélicos, como mostrou a Coluna do Estadão. (Vera Rosa)