O presidente Jair Bolsonaro pediu para sua equipe acelerar o texto da Medida Provisória que busca combater fraudes no INSS, assinado ontem. Não sem motivo: quer levar para o Fórum Econômico Mundial, que começa na terça-feira, uma prova de sua disposição em tirar a reforma da Previdência do papel. A avaliação no Palácio do Planalto é a de que Bolsonaro termina a semana tendo muito a apresentar em Davos. Além da MP, ele editou o decreto da posse de armas e ainda se encontrou com o presidente da Argentina, Mauricio Macri
É a hora. Bolsonaro dará sua primeira entrevista coletiva formal em Davos. Será no próximo dia 23, quando poderá ser questionado sobre qualquer assunto, inclusive o pedido do seu filho, Flávio, que travou no Supremo investigação envolvendo um ex-assessor.
Só quebra-queixo. Desde a posse, Bolsonaro se limitou a entrevistas rápidas.
Estreia. A presença do ministro da Justiça do Brasil no Fórum de Davos não é comum. Sérgio Moro será palestrante em quatro painéis, entre eles o intitulado "No escuro: o crime globalizado". Seus antecessores Torquato Jardim e José Eduardo Cardozo nunca foram.
Globais. Em Davos, o governo brasileiro quer deixar claro para os investidores que pretende acelerar a assinatura de acordos internacionais, inclusive os não tarifários, que independem do crivo do Mercosul.
Clube. Segundo integrantes da equipe econômica, o Brasil assinou esses acordos, nos últimos 20 anos, apenas com Egito, Palestina, Israel e Chile.
Nunca morre. O ministro da Economia, Paulo Guedes, encontrou um apelido para definir o senador Renan Calheiros, em reunião com seus sete secretários. Guedes denominou o candidato à presidência do Senado como Highlander, em referência ao guerreiro imortal do cinema.
Eu aqui! Guilherme Afif ainda não conseguiu se reunir com Paulo Guedes. Ele não foi nomeado formalmente assessor especial, embora no discurso de posse o ministro tenha confirmado a indicação.
Não é... Técnicos do Coaf afirmam que está equivocada a leitura, feita pela defesa do senador eleito Flávio Bolsonaro, de que houve quebra de sigilo, mesmo que o Ministério Público Estadual do Rio tenha pedido mais detalhes de sua movimentação financeira.
...bem assim. Explicam que, de acordo com o artigo 2.º da lei complementar 105/01, o Coaf pode pedir informações adicionais sobre situações específicas que não tenham ficado claras em relatórios anteriores, sem que isso configure quebra de sigilo.
CLICK. Militares com cargos no governo de Jair Bolsonaro respondem a mensagens por WhatsApp com o GIF do ator David Schwimmer batendo continência.
Cadeira vazia. Em um pente-fino nos contratos da Funai, a ministra Damares Alves descobriu a compra de uma mesa de R$ 22 mil, a pedido de um dos diretores exonerados. Ele efetuou a compra antes da dispensa, o que impediu o cancelamento da aquisição do produto.
Como antes. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vai manter Francisco Figueiredo na Secretaria de Atenção à Saúde. Indicado na gestão do ex-presidente Michel Temer, Figueiredo é ligado ao PP.
PRONTO, FALEI!
"Vou entrar com uma ação contra cada um pela morte de cada cidadão", DO GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, IBANEIS ROCHA, ameaçando processar os deputados distritais que não votarem mudanças para a saúde no DF.
COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABORARAM VERA ROSA, TÂNIA MONTEIRO E FERNANDO NAKAGAWA