Aliados de Jair Bolsonaro (PL) se queixam da falta de coordenação nas candidaturas ao Senado em pelo menos cinco Estados e no DF: SC, GO, ES, AP e MG. Avaliam que o presidente deve intervir para garantir candidatura única que represente o "voto conservador" na disputa. Do contrário, consideram que haverá divisão à direita e que nomes apoiados pela oposição ou pelo próprio Lula se beneficiarão. Um caso tratado como emblemático é Santa Catarina, onde o ex-secretário da Pesca Jorge Seif Jr. (PL) insistiu na candidatura, mesmo após apelos para apoiar Kennedy Nunes (PTB), à frente nas pesquisas. Bolsonaristas dizem que, se o presidente tivesse pedido, ele teria saído da disputa, o que não ocorreu.
MEXIDO. Em casos em que interferiu, porém, Bolsonaro não foi bem-sucedido. No DF, o racha entre Damares Alves (Republicanos) e Flávia Arruda (PL) persiste. Em MG, após o presidente frustrar acordo com Romeu Zema (Novo), Marcelo Aro (PP) vai enfrentar Cleitinho (PSC). A expectativa é de que a divisão ajude o rival Alexandre Silveira (PSD).
BALANÇA. Há pressão, também, dos próprios candidatos. "Espero do presidente tratamento equânime para aqueles que têm apoiado o seu governo e que o apoiarão", disse o senador Esperidião Amin (PP), rival de Jorginho Mello (PL) em SC. As disputas aos governos estaduais, entretanto, preocupam menos a campanha de Bolsonaro por ter possibilidade de segundo turno, diferente do Senado.
PRONTO, FALEI! Felipe d'Ávila, presidenciável do Novo
"Não há democracia sem confiança no processo eleitoral e combate à corrupção. Um país de mensalão, petrolão e rachadinhas retrata uma democracia fragilizada."
CLICK. Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de SP