Alberto Bombig
17 de janeiro de 2021 | 13h45
O grupo 342Artes encabeça movimento da sociedade civil que protocolou robusta representação na Procuradoria-Geral da República pelo afastamento de Jair Bolsonaro na Presidência. A iniciativa ganhou a adesão de profissionais de saúde e do direito, de intelectuais e de artistas.
Na base da representação estão as dúvidas levantadas pelo presidente sobre a eficácia das vacinas, a imposição de obstáculos para a aquisição de insumos, o descontrole da pandemia e a situação crítica em Manaus. “Cumpre que seja oferecida denúncia, pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal, para que o representado (Jair Bolsonaro) seja processado criminalmente por crimes comuns”, afirma a peça encaminhada a Augusto Aras.
Os artistas pedem que Bolsonaro seja denunciado pelos crimes de perigo contra a vida ou saúde de outrem (art 132 do Código Penal); subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento (art 257); infração de medida sanitária preventiva (art 268); emprego irregular de verbas ou rendas públicas (art 315); e prevaricação (art 319).
A iniciativa é liderada Mari Stockler, Marina Dias, Marco Aurélio Carvalho, Paula Lavigne, Celso Curi e Carla Vidal. O 342Artes surgiu em 2017 para combater a censura no País.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.