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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Após ameaças de processo, governo desiste de comparar Temer ao técnico Tite

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Por Naira Trindade
Atualização:

FOTO: Reprodução Youtube 

 

O presidente Michel Temer mandou derrubar a campanha que iria comparar a sua gestão à vitoriosa seleção de Tite. As ameaças do atual técnico da seleção brasileira e do ex-técnico Felipão, que seria comparado a ex-presidente Dilma Rousseff, de processar o governo se fossem mencionados pesou na decisão. A história foi revelada pela Coluna do Estadão.

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"Se a campanha usar o nome do treinador, ou mesmo sua imagem, de forma pejorativa, ele responderá pública e judicialmente contra o governo Temer. Mas ele vai se manifestar somente depois do lançamento da campanha publicitária do governo. Não tem como fazer isso antes de a peça ir para o ar", informou ao Estado a assessoria de comunicação de Felipão, que atua na China.

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A expectativa do governo era lançar uma campanha completa, que seria veiculada nos meios tradicionais (jornais, revistas, outdoors) e digitais (sites, Twitter, Facebook, Instagram). Na peça apareceria a imagem do 'gaúcho da copa', que ficou famoso ao chorar na derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha. Ele morreu em 2015.

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A campanha era inspirada na derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha e na reviravolta do time com a mudança do técnico. A ideia é sugerir que Dilma é o Felipão; Temer o Tite.

Ontem, ao decidir por enterrar a campanha, auxiliares de Temer lembraram que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), atual inimigo do presidente, disse, em 4 de abril, que o "governo, como está, parece a seleção do Dunga, queremos a seleção do Tite para dar a orientação".  Já Dilma havia dito, em 1° de julho de 2013, antes do 7 a 1, que seu governo era "padrão Felipão". As menções reforçaram a decisão do governo de desistir da campanha.

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