Economistas e dirigentes partidários ainda olham com cautela os índices de aprovação de Jair Bolsonaro. Um líder do Centrão, hoje aliado do presidente, pontuou que é cedo, em um cenário de incertezas, para cantar a vitória da reeleição. O principal motivo: "a economia, estúpido". O auxílio emergencial tem segurado a insatisfação, mas a conta pode chegar. A redução do valor do benefício ou o advento do Renda Brasil, somados à expectativa de alta taxa de desemprego, podem virar o vento. E há os mortos da pandemia, uma tragédia em curso...
Dados. A mais recente pesquisa Datafolha mostra a queda na rejeição do presidente Bolsonaro e aumento da aprovação dele.
Feitiço... Se o plano de reconciliação de Jair Bolsonaro com o PSL passa pela ideia de retomar o comando da legenda de forma "democrática", vai ser difícil.
...feiticeiro. Hoje, a maioria dos filiados é ligada ao atual presidente, Luciano Bivar, porque, quando "bolsonaristas" decidiram fundar o Aliança Pelo Brasil, fizeram campanha de desfiliação do partido pelo País.
CLICK. Na terça-feira, antes de saber do diagnóstico de covid-19, João Doria participou de reunião virtual com o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman.
Compras. O STF lançou licitação para comprar 45 pistolas 9 mm semiautomáticas para agentes de segurança da Corte. Pelos equipamentos, o Judiciário pretende pagar até R$ 171.450 (R$ 3.810 cada).
Pra quê? Um certame semelhante chegou a ser lançado pelo STF em 2018, mas foi revogado. Questionado, o Supremo não quis se manifestar "sobre questões que possam fragilizar a segurança institucional" e não explicou se a aquisição foi influenciada pelas recentes ameaças sofridas pelos integrantes da Corte.
Ah tá. Entre servidores que acompanham o processo de aquisição, a informação é de que a compra será feita apenas para substituir equipamentos usados há anos pela segurança interna, algo que é uma demanda antiga da instituição.
Ação. José Luiz Penna assina denúncia do PV contra o Brasil na Comissão de Direitos Humanos da OEA por violação dos direitos humanos pela temerária gestão da pandemia.
Novato. O ex-juiz Sérgio Moro dará aulas em uma faculdade particular de Brasília ao lado dos ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, do ex-ministro Carlos Ayres Britto e até de José Eduardo Cardozo (PT) e Luis Inácio Adams. Imaginem o climão na sala desses professores...
SINAIS PARTICULARES.Sérgio Moro e Luiz Eduardo Cardozo, ex-ministros da Justiça
Na linha. A decisão do ministro Félix Fischer de derrubar a prisão domiciliar de Fabrício Queiroz e Márcia Aguiar, concedida durante o recesso por João Otavio de Noronha, corrige distorção e privilégio concedidos ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro, na opinião de advogados criminalistas.
Ficou feio. Para o criminalista José Coelho, do escritório Kehdi & Vieira Advogados, "sob o ponto de vista jurídico, a polêmica que envolveu a decisão do ministro Noronha guarda relação com a excepcionalidade da medida. Embora a decisão tenha sido acertada, foi um privilégio inaceitável".
Então. Durante o recesso, aportaram no STJ mais de 10 mil novos HCs, inclusive um coletivo que tinha como argumento central o próprio 594.360 (o mesmo de Queiroz e Márcia), e o pedido foi rejeitado. "Muitos casos sequer foram apreciados durante o recesso."
Sextou. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou na noite de ontem que Fabrício Queiroz e Márcia Aguiar voltassem para a prisão domiciliar.
PRONTO, FALEI!
Eduardo Gomes, senador (MDB-TO) e líder do governo no Congresso: "Com a pandemia, o mundo entrou em 'safety car'. Na hora que o carrinho sair da frente, o Brasil tem de estar preparado para avançar posições."
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA. COLABOROU VINÍCIUS VALFRÉ.
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