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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

A relação entre a prisão de Baldy e a vaga no STF

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Lideranças de diversos partidos viram na prisão de Alexandre Baldy outra ação midiática de Marcelo Bretas para esculachar a política e os políticos, a exemplo do que o juiz já havia feito com Michel Temer. O entorno do ex-presidente e os amigos do secretário dos Transportes Metropolitanos apontam a plausível motivação: Bretas explicitou sua "candidatura" ao STF. O juiz da Lava Jato do Rio é "terrivelmente evangélico", se identifica com Jair Bolsonaro e, agora, manda prender um secretário de João Doria e muito próximo de Rodrigo Maia.

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Precisava? O incômodo do mundo político: a detenção temporária foi um exagero e um constrangimento desnecessário porque os fatos investigados são antigos, e Baldy tem endereço fixo, família, emprego, etc.

Via-crúcis. Ao sair da cadeia, Baldy será aconselhado por interlocutores a reagir no estilo Michel Temer (de quem ele foi ministro): ir para o embate político.

Menos mal. Amigos de Baldy comemoram ao menos o fato de que a família dele não estava em casa no momento da operação.

Cenoura. O uso das vagas no Supremo feito por Bolsonaro ainda deve motivar outras interferências de magistrados e promotores no mundo da política, avaliam líderes experientes.

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Simbólico. Foi na casa de Baldy, em Brasília, o jantar mais concorrido às vésperas da eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro do ano passado.

Amigos? Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Arthur Lira (PP-AL) se encontrarão hoje em jantar de realinhamento. O "assunto" Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) deve ficar fora do cardápio, já que a sua saída da liderança da maioria é vista como um "fato consumado".

Assim falou... Na triste escalada dos números de mortos no Brasil por causa da covid-19, é hora de lembrar da barbeiragem de Luiz Eduardo Ramos.

...Eduardo Ramos. Em 15 de março, o ministro-general evocou a Bíblia e os mortos no trânsito no Brasil para arrematar: "Os números são impactantes, mas nem por isso é instaurado um clima de terror".

SINAIS PARTICULARES.Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo

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Ilustração: Kleber Sales  

Ah, não! De Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre o parecer da Advocacia do Senado, antecipado pela Coluna, pelo não prosseguimento do caso contra Flávio Bolsonaro no Conselho de Ética da Casa: "Álibi jurídico para que o conselho arquive". A Rede é uma das siglas que assinam a representação contra o filho 01.

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Cadê? O parecer, aliás, já foi encaminhado a Davi Alcolumbre (DEM-RJ) com uma recomendação do secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, de suspensão de prazos até que o conselho volte ao normal.

Quero saber. Randolfe também irá apresentar à Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência  do Congresso requerimentos para que o Ministério da Justiça apresente documentos sobre eventuais dossiês produzidos pela pasta.

Explica aí. Para ele, o ministério tem sido contraditório quando explica se há ou não investigações sobre opositores do governo. André Mendonça, titular da pasta, participa de reunião fechada com os parlamentares hoje.

CLICK. O governo federal lançou campanha conservadora em que diz: "Em uma nação em que todas as vidas importam, ninguém fica para trás". O tema não é a covid-19.

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Reprodução/Instagram  

Gol... Marcelinho Carioca abriu mão de vaga na disputa pela Câmara dos Vereadores de São Paulo em ofício enviado ao PSL paulista em 8 de junho passado.

...contra. Agora, desde que o ex-jogador posou para fotos com o presidente Jair Bolsonaro, os dirigentes do partido querem fazer valer o documento.

Nome. Paulo Skaf tem ligado para presidentes de federações defendendo a candidatura de Rafael Cervone, da Abit (setor têxtil), como alternativa a sua sucessão na Fiesp.

BOMBOU NAS REDES!

 Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Roberto Rocha, senador (PSDB-MA): "A melhor maneira de prestigiar os mais pobres é fazendo um novo sistema tributário, pois o atual é um verdadeiro pandemônio", sobre reforma tributária.

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COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA.

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