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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

A pouco menos de um ano da eleição, time de Sérgio Moro já fala em voto útil

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Por Camila Turtelli , Matheus Lara e Alberto Bombig
Atualização:

O presidenciável Sérgio Moro (Podemos) em evento de lançamento de sua biografia em São Paulo. Foto: Alex Silva/Estadão

A pouco menos de um ano das eleições, tem gente bem próxima de Sérgio Moro já falando em voto útil, recurso tradicionalmente acionado só na reta final de campanhas: 1) o ex-juiz, desde já, seria o único com chances de evitar um segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro; 2) somente Moro seria capaz de ganhar do petista na fase decisiva. O time de Moro também se agarra às trajetórias de quem aparecia mal em pesquisas a um ano de disputas presidenciais: Dilma (2009), Aécio (2013) e Bolsonaro (2017). "Em 2018, a polarização dizimou quem estava no meio. Agora, o voto útil pode ser usado para alçar Moro diante da decepção com a direita e a esquerda", diz o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).

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COLA? Moro vai incrementar seu discurso anticorrupção com temas como combate a pobreza e desigualdades. "Boa parte de quem apoia Lula e Bolsonaro o faz por ser contra o outro", diz Dias. "Se Moro se mostrar viável, haverá migração da direita e da esquerda".

TÔ AQUI. Do deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP): "O que Moro tem em um mês é apenas o recall pessoal dele. A estratégia é as pessoas saberem que ele é candidato. Nossa preocupação é que ele tenha um palanque forte e coeso."

OLHA AÍ. Empatado tecnicamente com Moro, Ciro Gomes tentará capitalizar ao máximo ainda a repercussão da ação da PF da qual foi um dos alvos. "A maior força da candidatura de Ciro é o ataque covarde da polícia política de Bolsonaro. Ninguém chuta cachorro morto", afirma Antônio Neto, que preside o PDT em São Paulo.

CLICK. Felipe d'Avila, presidenciável do Novo

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Ana Maria Diniz e seu marido visitaram o Jardim Martini, na zona sul de São Paulo, e participaram de distribuição de presentes para crianças carentes.

DÉJÀ VU. As dificuldades sob Bolsonaro têm feito movimentos populares da periferia paulistana resgatarem o conceito de carestia, usado durante a ditadura em protestos do Movimento do Custo de Vida (MCV), que emergiu nos anos de 1970 e 1980 contra a política econômica dos militares.

NA RUA. Nesta terça-feira, 21, pelo menos dez atos estão previstos em diferentes bairros da capital paulista. Os preços do gás e da energia elétrica, o desemprego e a fome estarão na pauta, clara. Panelas vazias e ossos serão usados como símbolos pelos manifestantes.

NA RUA 2. "Há comida nos supermercados, mas o que falta é emprego e dinheiro para comprá-la", diz Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP) e um dos organizadores dos atos da esquerda contra o presidente Jair Bolsonaro ao longo deste ano.

SENTIDO. Alinhado aos interesses militares, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) relatou e derrubou um projeto do colega Rubens Bueno (Cidadania-PR) que proibia a produção, utilização e comercialização de armas de destruição em massa.

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SENTIDO 2. Na discussão, Eduardo Bolsonaro citou a situação de Paquistão e Índia. "Os dois têm bomba atômica. Se um dos lados não tivesse, seria um problema grande".

SINAIS PARTICULARES (por Kleber Sales). Luiz Philippe de Orleans e Bragança, deputado federal (PSL-SP)

 

PRONTO, FALEI! Rodrigo Maia, secretário de Projetos de SP

 

"Governo foi irresponsável e negligente em autorizar um grupo em recuperação judicial a voar, ingressar num setor que depende de muito investimento e capital."

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